As teorias de Platão e Aristóteles,características e diferenças entre cada um
Soluções para a tarefa
Resposta:
simples
Explicação:
Os filósofos pré-socráticos, desde Tales, notaram que a aparência das coisas mudava e começaram a se perguntar o que a coisa que muda realmente é. A resposta é: substância - aquilo que permanece, mesmo na mudança, seria a coisa realmente existente. Então, o conceito de aparência foi questionado: o que seria a forma e como estaria relacionada com a substância?
Platão usa outras palavras para designar aquilo que é tradicionalmente chamado forma ou ideia: idéa, morphē, eîdos e parádeigma, além de génos, phýsis e ousía. Segundo a teoria platônica, as formas (ou ideias), que são abstratas, não materiais (mas substanciais), eternas e imutáveis, é que seriam dotadas do maior grau de realidade - e não o mundo material, mutável, conhecido por nós através das sensações. As formas ou essências das coisas seriam independentes dos objetos comuns - cujo ser e cujas propriedades participariam das essências, porém num grau inferior. Platão fala dessas entidades através dos personagens dos seus diálogos (sobretudo Sócrates), os quais algumas vezes sugerem que somente o estudo das formas poderia levar ao conhecimento verdadeiro. Platão também se refere às formas em A República, quando propõe uma possível solução para o problema dos universais.
As ideias ou formas residiriam no mundo inteligível, fora do tempo e do espaço - e não no mundo sensível ou material. Sua natureza seria perene e imutável. Os objetos do mundo comum organizam suas estruturas conformes a estas ideias ou formas primordiais, mas não são capazes de revelá-las em sua plenitude, sendo apenas cópias, imitações imperfeitas. Também os conceitos abstratos, tais como igualdade, diferença, movimento e repouso, eram considerados ideias ou formas. A formulação da teoria era intuitiva, e suas limitações foram analisadas pelo próprio Platão no diálogo Parmênides.
Platão define a natureza das ideias através de quatro propriedades: espiritualidade, realidade, imutabilidade e pureza. A espiritualidade é inteligível, ou seja, é invisível aos olhos humanos e apreendida pela razão. A realidade seria um método ilegível e errôneo. Para Platão, as ideias não são conceitos abstratos do espírito, nem pensamentos do Espírito divino, mas são realidades subsistentes e individuais, sendo objeto da contemplação científica e fonte das realidades da terra. A imutabilidade e a pureza são derivadas da realidade, mas a imutabilidade exclui toda mudança, já que as ideias são eternas. A pureza realiza a essência plenamente e sem mistura, de modo que cada ideia, na sua ordem, é perfeita.
O filósofo grego Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) desenvolveu muitas teorias no campo da Física . Tais teorias envolviam o que Aristóteles descreveu como os quatro elementos. Aristóteles descreveu detalhadamente uma relação entre esses elementos, sua dinâmica, como eles uniam a Terra e como eram, em muitos casos, atraídos um pelo outro por forças não especificadas.
Lugares naturais: cada elemento preferia estar em um local diferente e específico no espaço, em relação ao centro da Terra, que também é o centro do universo.
Gravidade / Leviandade: para alcançar esta posição específica, os objetos sofreriam a ação de uma força para baixo ou para cima.
Movimento retilíneo: é o movimento em resposta a esta força: em linha reta a uma velocidade constante.
Relação com densidade e velocidade: a velocidade é inversamente proporcional à densidade do meio.
Impossibilidade da existência do vácuo: no vácuo o movimento teria velocidade infinita.
O éter preenchendo o espaço: todos os pontos do espaço são preenchidos pela matéria.
Um universo infinito: não poderia existir uma fronteira no espaço.
Teoria do continuum: entre os átomos existe o vácuo, por isso a matéria não pode ser diminuta, atômica.
Quintessência: objetos acima da superfície da Terra não são feitos de matéria originalmente terrestre.
Cosmo incorruptível e eterno: o Sol e os planetas são esferas perfeitas que não se alteram.
Movimento circular: os planetas descrevem um movimento circular perfeito.
Os princípios de Aristóteles não são corretos sob quaisquer aproximações, e não descrevem com exatidão coisa alguma em nosso universo. Os contemporâneos de Aristóteles, como Demócrito, Aristarco e Arquimedes, rejeitaram estes princípios em favor do atomismo e do heliocentrismo, mas suas ideias não eram amplamente aceitas. Os princípios de Aristóteles eram dificilmente refutáveis, ainda que através de uma mera observação diária ao acaso. Entretanto, o posterior desenvolvimento do método científico desafiou estes pontos de vista através de experimentos, medições cuidadosas e tecnologias mais avançadas, como o telescópio e a bomba de vácuo.