As responsabilidades que surgem durante uma gravidez são iguais para o casal
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Resposta:
Quando uma gravidez é anunciada, é normal que todas as atenções se voltem para a mãe. Afinal, é ela quem irá vivenciar, de uma só vez, as mudanças físicas e psicológicas significativas na sua vida. Mas gestação também é coisa de homem e a participação masculina na gravidez vai muito além do espermatozóide.
Na nossa cultura, ainda existe a ideia de que homens não precisam se envolver muito com a gestação. O pai acaba sendo colocado ou se colocando em segundo plano, quando deveria participar ativamente das transformações que acontecem com a mulher e com o próprio relacionamento durante a gestação.
No caso de muitas mães mais jovens, há ainda o medo de que o parceiro perca o interesse por ela. A ginecologista Carolina Ambrogini, em entrevista à Ela Decide, revelou: “O que às vezes acontece é que, com a gravidez e a chegada de um filho, há a deserotização do casal, que passa a viver em função da criança e se perde no papel de homem e mulher. Uma dica que dou, ainda mais quando os homens participam e é mais fácil falar abertamente sobre isso, é que eles mantenham a atividade sexual.”
Ainda que ocorra esse afastamento, é bom lembrar que ambos têm responsabilidade pela gestação iniciada. Ou seja, a participação do homem na gravidez faz a diferença. E isso pode acontecer de diversas formas, como:
Apoiar a mulher justamente no momento em que ela tende a estar mais sensível e passando por desconfortos físicos, demandas específicas daquela gravidez e tensões emocionais advindas dos desafios da gestação aliados às outras demandas da vida. Estar presente nas consultas e exames pré-natais, se informando sobre como ajudar a mãe a lidar com os desconfortos e mudanças da gestação.
Dividir responsabilidades, participando da divisão ou assumindo a maioria das tarefas domésticas. Assumindo também responsabilidades para a chegada do bebê, o que também proporciona à mãe mais tempo para cuidar de si mesma e retomar sua rotina com mais tranquilidade após a gestação.
Acompanhar as fases da gravidez de perto para criar um vínculo com a criança logo no início, o que naturalmente ajuda o pai a ser mais proativo nos cuidados com o bebê após o nascimento.
Incentivar os momentos a dois mesmo durante a gestação e sempre respeitando a vontade da mulher. Manter a intimidade do casal faz bem não apenas para a mãe e consequentemente para o bebê, mas também para o equilíbrio da relação. A dica é preservar seus momentos de intimidade sempre que eles virem dos dois lados.
Estimular a participação do homem na gravidez também é uma forma de evitar que exista um pai ausente na criação do filho. A falta de envolvimento desde o início da gestação nem sempre acontece por falta de interesse, mas porque o pai nem sempre sabe o quão importante é a sua presença nessa etapa.
Por outro lado, há homens que não estão mesmo dispostos a participar ou não assumem a paternidade. Infelizmente, este é um cenário bastante comum, que apenas será superado no longo prazo com mudanças culturais na sociedade.
Se o pai do seu bebê não participar, lembre-se que você não está sozinha! Tente criar uma rede de apoio, buscando o suporte da sua família, amigas e amigos. Procure também um grupo de apoio a gestantes próximo a sua casa – pode ser por meio de uma assistente social, psicóloga, ou um profissional do posto de saúde mais próximo. Há sempre uma boa forma de trocar experiências e informações interessantes com outras mães que estão passando pela mesma situação.
Independentemente da relação que você tem com o pai do bebê, desfrute da relação especial com esta nova vida. Cuide bem de si mesma, na gestação, e logo após o nascimento do bebê, busque o apoio necessário.