as primeiras pesquisas de dados foram feitas por satélite
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Depende.
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Quais dados você se refere?
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SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados) tinha expectativa de apenas um ano de vida útil quando foi lançado pelo foguete norte-americano Pegasus, em 1993. Projetado, construído e operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o primeiro satélite brasileiro ainda realiza sua missão fundamental de coleta de dados ambientais.
Nesta sexta-feira (09/02), o SCD-1 atinge 25 anos de operação em órbita e completa a marca de 132.010 revoluções em torno de nosso planeta. Mesmo com funcionamento limitado, o SCD-1 segue retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento do nível de água dos rios e represas, entre outras aplicações.
A longevidade do SCD-1 comprova o alto grau de competência técnica não só das equipes de engenharia espacial e de integração e testes que participaram de seu desenvolvimento, como também dos especialistas em rastreio e controle de satélites, que o acompanham no INPE desde o seu lançamento.
O lançamento do SCD-1 colocou o Brasil entre as nações que efetivamente dominam o ciclo completo de uma missão espacial desde sua concepção até o final de sua operação em órbita. Marcou ainda o início da operação do Sistema de Coleta de Dados Brasileiro, que fornece informações para instituições nacionais governamentais e do setor privado que desenvolvem aplicações e pesquisas em diferentes áreas, como previsão meteorológica e climática, estudo da química da atmosfera, controle da poluição e avaliação do potencial de energias renováveis.
O SCD-1 foi totalmente projetado, desenvolvido e integrado no Brasil, com importante participação da indústria nacional. Para seu desenvolvimento, o INPE investiu em laboratórios modernos e no aprimoramento de seus recursos humanos.
O lançamento foi realizado a partir do Centro de Controle de Wallops, no estado de Virgínia, costa leste dos Estados Unidos. No dia 9 de fevereiro de 1993, uma hora e 15 minutos depois da decolagem, a 83 km da costa da Flórida e a 13 km de altitude, o foguete Pegasus foi liberado da asa de um avião B52 da Nasa. Como havia sido previsto, o foguete cai em queda livre por cinco segundos antes de acionar seus motores em direção ao espaço. Poucos minutos depois, às 11h41 (hora de Brasília), o SCD-1 é colocado em órbita da Terra, a uma altitude de 750 km.
Operação
Devido a uma falha em sua bateria, desde 2010 o SCD-1 só opera enquanto iluminado pelo Sol. Antes disso, a bateria conseguia suprir energia elétrica ao satélite nas frações dos períodos orbitais em que este se encontrava em regiões não iluminadas pelo Sol, quando não havia suprimento de energia gerada por seus painéis solares e garantia, deste modo, o funcionamento contínuo do satélite. Isto possibilitava a realização da missão de coleta de dados ambientais do satélite durante todas as suas passagens sobre o Brasil.
A carga útil principal do SCD-1 é um transponder de coleta de dados, que é responsável pela recepção a bordo e retransmissão ao solo de dados ambientais coletados por uma rede de plataformas de coleta de dados ambientais espalhada por todo o território nacional. Hoje, o transponder de coleta de dados do satélite opera apenas em horários determinados do dia, correspondentes a cerca de 65% do tempo total anterior, já que sem a bateria o satélite só pode operar nos períodos iluminados, em que há fornecimento de energia elétrica gerada pelos painéis solares.
O transponder de serviço, responsável pela recepção de telecomandos e transmissão de telemetrias sobre o estado de funcionamento do satélite, perdeu a capacidade de execução de medidas de distância e, por este motivo, o processo de determinação de órbita é realizado a partir de medidas de velocidade radial entre o satélite e a antena de rastreio. Isto diminui a precisão das estimativas do posicionamento em órbita do satélite, mas não a ponto de comprometer as operações de controle.
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