As pessoas que moram em locais com coletas de esgoto podem se prejudicar por conta daqueles que não possuem esse serviço?
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Resposta:O esgoto é formado pela água utilizada nas atividades diárias, como lavar a louça, roupas, tomar banho, dar descargas. Além da água servida, o esgoto contém dejetos e, se não receber o tratamento adequado, contamina o meio ambiente e prejudica a saúde pública. Por isso, o tratamento de esgoto é um serviço tão importante para a qualidade de vida da população.
A ausência de coleta e tratamento de esgoto obriga as comunidades a conviverem com seus próprios dejetos, principalmente quando estes são lançados ao ar livre, em fossas, geralmente mal construídas, valas negras ou diretamente nos córregos. O contato com o esgoto agrava o risco de inúmeras doenças, como: poliomelite, hepatite A, giardíase, disenteria amebiana, diarréia por vírus, febre tifóide, febre paratifóide, diarréias e disenterias bacterianas (como a cólera), ancilostomíase (amarelão), ascaridíase (lombriga), teníase, cisticercose, filariose (elefantíase), esquistossomose, etc.
As doenças relacionadas à ausência de tratamento de esgoto afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas com o problema. De acordo com a pesquisa “Saneamento e Saúde”, do Instituto Trata Brasil “as respostas das mães relativas a seus filhos caçulas indicam que as principais vítimas da falta de esgoto são as crianças de 1 a 6 anos, que morrem 32% mais quando não dispõem de esgoto coletado”. Ainda segundo a pesquisa, outra vítima preferencial da falta de esgoto são as grávidas, pois a falta de coleta e tratamento de esgoto aumenta 30% a chance de terem filhos nascidos mortos.
Mesmo fora dos casos extremos, que resultam em morte, as doenças relacionadas à falta de tratamento de esgoto prejudicam o desenvolvimento e a freqüência das crianças às aulas. Segundo o BNDES, no Brasil, 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico. No caso dos adultos, essas doenças impactam diretamente na ausência no trabalho.
As vantagens do investimento em tratamento de esgoto para a saúde pública são visíveis. Segundo a FUNASA (Fundação Nacional de saúde), a cada R$1,00(um real) investido em saneamento, economiza – se R$ 4,00(quatro reais) em medicina curativa. O esgoto é tão importante para melhorar o Índice de desenvolvimento Humano (IDH) que o sétimo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015) é reduzir pela metade o número de pessoas sem rede de esgoto.
Em Campo Grande, a Águas Guariroba tem trabalhado para mudar o cenário da cidade no que diz respeito ao acesso ao serviço de esgoto. Em março de 2006, lançou o Programa Sanear Morena e, em menos de três anos, ampliou o acesso à rede de esgoto da Capital de 32% para 58%, disponibilizando 54.401 novas ligações domiciliares. Com o programa Sanear Morena, a capital sul-mato-grossense já recebeu investimentos de R$ 255 milhões da Águas Guariroba para elevar o índice de acesso da população à coleta e tratamento de esgoto para os atuais 73%. A concessionária está investindo R$ 636 milhões para universalizar o serviço em toda a cidade.
Todo o esgoto coletado pela empresa é tratado e o efluente é devolvido aos mananciais obedecendo às normas ambientais, sem oferecer riscos de contaminação. A empresa está fazendo a parte dela para melhorar a saúde e qualidade de vida da cidade. Cabe agora a cada cidadão fazer a sua, fazendo a sua ligação à rede de esgoto disponível. Com isso, estará protegendo a saúde de sua família e de toda a população.
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