Português, perguntado por Silvadioliveira, 3 meses atrás

As pesquisas sociolinguísticas tem buscado traçar um perfil da mudança em progresso e um perfil da variação estável através da combinação dos resultados das variáveis idade, sexo, classe social e nível de escolaridade, a partir da noção de prestígio. No que concerne à faixa etária, a variação estável se caracterizaria por um padrão curvilinear, no qual as faixas intermediárias apresentariam a maior frequência de uso das formas de prestígio; já na mudança em progresso, a distribuição seria inclinada, com os mais jovens apresentando a maior frequência de uso das formas inovadoras (cf. CHAMBERS e TRUDGILL, 1980, p. 91-3). [...] Assim, um cenário em que os falantes das classes mais altas e de maior nível de escolaridade exibem proporcionalmente uma maior frequência de uso das formas de prestígio do que o falantes da classe média (e estes, por sua vez, uma maior frequência do que os da classe baixa) apontaria para uma situação de variação estável; enquanto que os processos de mudança tendem a ser liderados pelos indivíduos mais integrados da classe média baixa e/ou das seções mais elevadas da classe operária (cf. LABOV, 1982, p. 77-8). Texto II: De acordo com Bagno (2009, p. 09), O preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre língua e gramática normativa. Nossa tarefa mais urgente é desfazer essa confusão. Uma receita de bolo não é um bolo, o molde de um vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo... Também a gramática não é a língua. A sociolinguística se encarrega de analisar as variações de uma língua, entretanto, não basta que seu objetivo se restrinja a esse oficio. E necessário que ela sirva de ferramenta de intervenção contra qualquer forma de preconceito, de forma consciente ou inconsciente, por meio do uso da linguagem

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Respondido por gersonj923
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