As gramáticas normativas dizem que o verbo deve concordar com seu sujeito em número e pessoa. No entanto, o que comumente vemos por aí são frases como:
-Na ocasião também foi comemorado os 28 anos da agência de publicidade.
-Foram recolhidos o que sobrou da confusão.
-Vende-se lindos cachorros poodle.
-Abriu-se várias vagas para enfermeiro auxiliar.
1) Os usos feitos nos exemplos acima refletem as normas apresentadas pela gramática? Por quê?
2) O que você acha desse tipo de concordância que geralmente o brasileiro faz quando o sujeito é posposto?
3) Esse tipo de concordância acontece aleatoriamente ou há uma lógica que justifique esse uso? Explique.
4) As pessoas normalmente falam: “Vende-se casas”, mas não costumam falar “Casas é vendida”. Por quê isso ocorre?
5) O brasileiro, em seu dia-a-dia, utiliza a língua conforme prescreve a gramática tradicional?
6) O que explica este fato?
Soluções para a tarefa
1. Não, todas as frases apresentam erros de concordância verbal.
Correção:
-Na ocasião também foram comemorados os 28 anos da agência de publicidade.
-Foi recolhido o que sobrou da confusão.
-Vendem-se lindos cachorros poodle.
-Abriram-se várias vagas para enfermeiro auxiliar.
2. Resposta pessoal.
3. Sim, há uma lógica para explicar o porquê de as pessoas terem dificuldades de concordar o verbo com o sujeito quando este está posposto (está depois do verbo). O motivo é que, como o sujeito aparece depois do verbo, as pessoas ainda não sabem, ao iniciar a frase, que flexão fazer do verbo. Assim, elas podem escolher o verbo no plural mas em seguida o sujeito está no singular e vice-versa.
4. Porque, ao iniciar a frase com o sujeito ("casas"), as pessoas já sabem que ele está no plural, então rapidamente percebem que devem colocar o verbo também no plural. Quando há inversão na ordem sujeito-verbo, elas têm dificuldade de adequar o verbo ao sujeito.
5. Não, no dia-a-dia é comum as pessoas utilizarem a linguagem informal, que não segue as normas gramaticais.
6. A explicação é que no dia-a-dia as pessoas vivem situações informais, que não exigem o uso da norma culta da língua. Assim, a linguagem se torna mais espontânea.