As duas cidades-estados (cidades independentes) mais importantes da Grécia foram Atenas e Esparta. O texto que você vai ler apresenta algumas diferenças importantes entre elas, em torno dos séculos VI a. C.e IVa.C. "Grande parte dos habitantes urbanos [de Atenas] tinha seus interesses econômicos, no todo ou em parte, na agricultura. ( ... ) Na cidade viviam umas centenas de famílias de grande riqueza: cidadãos que viviam do rendimento de suas propriedades. (...) Os ricos eram essencialmente donos de propriedades ( ... ) disponíveis para se dedicar à política, ao estudo ou à simples ociosidade. ( ... ) A maioria esmagadora dos atenienses que possuíssem um escravo, dois ou nenhum tratava de ganhar a vida, e muitos deles não conseguiam passar de um baixíssimo nível de vida. ( ... ) A participação direta era a chave da democracia ateniense: (...). Na assembleia soberana, cuja autoridade era essencialmente integral, todo cidadão podia não só assistir sempre que quisesse, como tinha o direito de intervir no debate, propor emendas, votar propostas sobre guerra e paz, impostos, regulamentação da religião, recrutamento de tropas, obras públicas, tratados e negociações.(...) Nenhum cidadão espartano é recordado por qualquer atividade cultural. ( ... ) O que manteve a servidão dos hilotas e evitou rebeliões mais frequentes foi a emergência de Esparta como um acampamento armado. ( ... ) O corpo de cidadãos de Esparta passou a ser soldadesca profissional, criados desde a infância para duas aptidões: perícia militar e obediência absoluta ( ... ) [que] transformaram Esparta numa poderosa potência. Através da leitura do texto, se pode concluir que o regime político em Esparta também era a democracia? Justifique sua resposta.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Para organizar politicamente a cidade-Estado de Esparta, foi constituída uma estrutura administrativa que contava com uma Diarquia (poder exercido por dois reis ao mesmo tempo), com a Apela, a Gerúsia e os Éforos. Mas o que eles representavam?
A Apela era uma Assembleia Popular formada por todos os cidadãos espartanos com mais de 30 anos, que tinha como função rejeitar ou aprovar projetos feitos pela Gerúsia, eleger os gerontes e éforos, bem como votar sobre a paz e a guerra. Estas leis eram baseadas em um código talvez criado por Licurgo, um legislador que não se sabe ao certo se realmente existiu.
Acima da Apela havia a Gerúsia, um Conselho formado por 28 anciões (cidadãos idosos) chamados de gerontes, que tinham funções legislativas e também judiciárias, julgando conflitos dos espartanos. Decidiam sobre assuntos de política externa e controlavam os diarcas.
As funções executivas eram exercidas por cinco Éforos, sendo os mais importantes governantes de Esparta. Eram eleitos todos os anos pela Apela, administravam as funções públicas e fiscalizavam a vida social e econômica da cidade-Estado.