As discussões no campo das Ciências Sociais se deparam, em cada período de tempo, com situações perenes e diferenciadas, ou seja, há aspectos da vida em sociedade que permanecem estáveis ao longo dos séculos e outros que se alteram ou surgem como novidades. Para exemplificar as duas situações: por um lado, há registros de que desde o início das civilizações existem papéis sociais diferentes atribuídos a homens e mulheres, que partem da caça e do cuidado com os filhos nas primeiras eras à maneira como se estruturam barreiras à presença feminina na política e nos altos postos hierárquicos em grandes empresas; por outro lado, a internet trouxe novos caminhos à sociabilidade que não existiam anteriormente, mas também exacerbou o consumo a padrões nunca antes imagináveis.
Com relação a esse último aspecto, o consumo é um fenômeno que conforma nossa identidade, uma vez que é um elemento que molda tanto nosso comportamento quanto a imagem que construímos junto aos demais. Na sociedade globalizada atual, com a ampliação do alcance das informações e a mídia incorporando referências e produtos a todo momento, pensar nas relações de consumo se tornou fundamental aos estudos sociológicos. Mas o tema não importa somente à Sociologia ou às Ciências Sociais, já que estamos falando de um aspecto que conforma as relações humanas, de maneira ampla, e especialmente as relações comerciais, de modo específico.
As relações entre cultura, consumo e conformação de identidades no contexto globalizado e de amplo acesso e impacto da mídia tem gerado indivíduos cada vez mais preocupados com sua imagem e com a necessidade de demonstrar aquilo que possuem. Se há alguns anos destacou-se no Brasil a noção de “funk ostentação” por conta da alteração do conteúdo das letras e das vestimentas de cantores e grupos do gênero, atualmente nossa sociedade de consumo é pautada pela ostentação generalizada nas redes sociais.
E o que isso significa? Significa uma preocupação exacerbada, de parte da população, em ostentar aspectos que não necessariamente condizem com sua condição real, seja o humor sempre feliz ou o sucesso profissional constante ou as compras e a condição econômica positiva. Em outras palavras, é comum encontrarmos nas redes sociais pessoas que ostentam uma pseudo-realidade que não vivenciam. Muito provavelmente você conhece pessoas cujas postagens não condizem com a vida “offline”, certo?
Para Zigmunt Bauman, um dos autores internacionais mais influentes nos estudos sobre a pós-modernidade nas Ciências Sociais, vivemos a era das relações líquidas, em que nos mantemos próximos ou atrelados a pessoas, grupos, empresas ou bens na medida em que nos são benéficos ou proveitosos. Ainda que não seja pertinente uma generalização, o pensador destacou que é cada vez mais comum que as pessoas abandonem ou distanciem-se de tudo aquilo que lhes contraria.
Contudo, cabe destacar que alguns dos escritos de Bauman sobre a modernidade líquida foram produzidos antes mesmo da expansão da internet e das redes sociais ao patamar que têm hoje. Um exemplo de como a mídia criava padrões de consumo anteriormente é lembrarmo-nos das propagandas de cigarros. Atualmente proibidas no Brasil e em diversos países, as peças publicitárias de diversas marcas faziam alusão a homens livres no campo ou em carros de luxo e/ou mulheres refinadas e bem sucedidas em festas também luxuosas, de modo a associar o consumo do cigarro ao status social.
camilaaparecida16:
preciso de ajuda nessa questao
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O texto do enunciado tata sobre os aspectos do consumo e como isso impacto de forma decisiva a vida das pessoas.
Importante notar que o consumo está intimamente atrelado ao capitalismo que a firma que a felicidade está em possui bens e poder consumi-lo de forma desenfreada.
Veja que isso gera inúmeros problemas sociais como a depressão, a ansiedade, a busca excessiva por lucro, dentre outros.
Assim, é importante entender e conhecer tais conceitos para não repeti-los.
espero ter ajudado!
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