As dinâmicas da globalização afetam diretamente a produção social das identidades e a forma de ver ou reconhecer a diferença. A intensificação das relações globais nos últimos 50 anos não se restringe à circulação de mercadorias, bens ou serviços. Por inúmeras razões, tem ocorrido um considerável deslocamento de pessoas entre os diferentes países, muitas vezes, produzindo choques culturais e conflitos identitários. As 'identidades híbridas' exemplificam algumas dinâmicas resultantes desses deslocamentos populacionais. O que é uma identidade hibrida?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Para Canclini (2005, p. 19), as hibridações “são processos socioculturais
nos quais estruturas ou práticas discretas, que existiam de forma separada,
se combinam para gerar novas estruturas, objetos e práticas”. Elas são
produzidas especialmente em três momentos: a queda do centro cultural e
sua hegemonia, formando pluralidades; disseminação de gêneros culturais e
artísticos impuros; e na desterritorialização do local em contato com o global
(CANCLINI, 1997).
Stuart Hall (2006) percebe que a hibridização acontece em situações de
diáspora, onde se fazem necessários múltiplos processos de tradução cultural
experimentados na adaptação das matrizes culturais diferentes da sua origem.
Essa tradução cultural é indicada como um processo de negociação entre
novas e antigas matrizes culturais vivenciado por pessoas que migraram
de sua terra natal. Entre a identidade que ficou para trás e a que precisa
ser negociada na experiência dos deslocamentos, das migrações ou de
refugiados.
Explicação:
Resposta:
São identidades produzidas pela experiência da diáspora e pelo deslocamento de populações de um país a outro, onde a antiga e a nova identidade são problematizadas e reconstruídas a partir de matrizes culturais de diferentes origens.