Português, perguntado por cintiasantos1516, 3 meses atrás

As críticas à ONU

A Organização das Nações Unidas, ONU, foi um dos órgãos criados após a Segunda Guerra
Mundial com o objetivo de mediar a constituição da ordem mundial que nasceria daquele grande
conflito. Trata-se de uma instituição intergovernamental que se justifica pelo fomento da paz
mundial, atuando como um foro político para o debate e a busca por soluções de embates
envolvendo interesses adversos. Também compõem o escopo da ONU ações que visam à
sustentabilidade ambiental, à proteção aos direitos humanos, ao desenvolvimento econômico com
vistas ao combate da pobreza, entre outras.
Apesar da importância histórica da instituição como símbolo da busca pela pacificação
mundial, sua eficiência para evitar a ocorrência de conflitos tem sido cada vez mais questionada. As
guerras civis na África e no Oriente Médio, como a que se arrasta na Síria desde 2011 sem que se
vislumbrem soluções consistentes, servem de argumentos para os críticos. A estrutura de poder na
ONU é apontada como a grande causa para a falta de efetividade para evitar ou colocar fim a
conflitos armados ou dar fim a eles. A ONU é composta por duas instâncias principais. A mais
abrangente delas é a Assembleia Geral, representada por todos os 193 países filiados, cujos chefes
de Estado podem discursar e debater temas de interesse mundial. Contudo, é no Conselho de
Segurança, formado por um grupo restrito de membros permanentes, que as decisões são tomadas.
Atualmente, o Conselho de Segurança da ONU é formado por cinco membros permanentes:
Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido. Além deles, compõem o conselho outros dez
membros rotativos escolhidos pela Assembleia Geral para mandatos de 2 anos. Os membros
rotativos podem participar das discussões e votações, mas somente aos membros permanentes é
conferido um poder adicional e decisivo: o de veto, que permite a qualquer um dos cinco países
barrar uma resolução. Em um contexto de divergências entre os Estados representados, é esse o
mecanismo que tem impedido a aprovação de medidas efetivas para impedir a ocorrência e a
continuidade de conflitos.
Mas não são apenas a estrutura política, a dificuldade em definir consenso entre os membros
permanentes do Conselho de Segurança ou até mesmo casos de desrespeito a resoluções aprovadas
que limitam a ação da ONU. Nos últimos anos, a entidade vem sofrendo tentativas sistemáticas de
esvaziamento por parte de diferentes países, com destaque para os Estados Unidos e seus aliados,
em uma postura de enfraquecimento do multilateralismo e de defesa de temas ultraconservadores.
Um exemplo importante de como isso se processa foi o anúncio de Donald Trump, em plena
pandemia de covid-19, de que os Estados Unidos deixariam formalmente a Organização Mundial da
Saúde (OMS), agência da ONU voltada para a promoção de ações de prevenção e controle de
doenças e difusão de informações e pesquisas relacionadas à saúde pública e à qualidade de vida. A
OMS ganhou um protagonismo inédito com o enfrentamento à disseminação da pandemia, fazendo
balanços diários da evolução da doença no mundo, definindo protocolos sanitários e propondo
ações coordenadas entre os países. A principal medida proposta pela OMS para conter o ritmo de
contágio da população e impedir o colapso dos sistemas de saúde dos países foi o isolamento social,
que tem como forte efeito colateral a queda acentuada da atividade comercial e, por isso, desagrada
setores empresariais e alguns governantes, que assumem posturas negacionistas, isto é, negam ou
minimizam os efeitos da pandemia. Esse se tornou um dos motivos prestados ponderantes para a
ocorrência de boicotes e ataques à atuação da OMS.
Um dos argumentos usados por Donald India Trump no confronto à OMS é o de que a Rússia
organização estaria sendo excessivamente influenciada pela China, levando o mundo Africa do a

adotar medidas equivocadas no enfrentamento ao novo coronavírus. Mas a falta de sintonia com a
OMS não se limitou ao governo dos Estados Unidos: autoridades de outros países como Brasil,
Bielorrússia, Turcomenistão e Nicarágua, também assumiram discursos e posturas negacionistas. A
falta de medidas eficientes para evitar a disseminação da covid-19, assim como ataques contra
medidas teriam sido determinantes para que os Estados Unidos e Brasil, países com população
numerosa, assumissem a dianteira na lista de casos confirmados de contágio e em número de óbitos.
No caso do Brasil, o quadro pode ter sido ainda mais grave em função da expressiva subnotificação
pelo baixo índice de testagem da população.
QUESTÕES:

1) O que o texto explica na expressão “postura negacionista”?

2) O que caracteriza a postura negacionista de alguns países em relação às recomendações da OMS
para o enfrentamento da covid-19?

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Resposta:

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