História, perguntado por pedroluan53, 1 ano atrás

as consequências do integralismo e o comunismo

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Respondido por alitaalves485
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A identificação do Capitalismo com o Comunismo é uma consequência lógica do exame que fizermos:

 

1.°)          Da identidade das suas origens filosóficas;

2.°)          Da identidade das suas origens econômicas;

3.°)          Da unidade de direção no processo de desenvolvi­mento;

4.°)          Da unidade do objetivo final.

 

Examinemos, um a um, estes pontos e chegaremos à con­clusão de que não é possível combater o Capitalismo sem com­bater o Comunismo, do mesmo modo que não é possível com­bater o Comunismo sem combater o Capitalismo. Pois tanto um como outro não passam de uma só cabeça, com duas caras, cabeça ligada ao mesmo corpo, que é o materialismo, a subor­dinação do Espírito Humano à brutalidade das forças cegas da Natureza, ou melhor, de uma das faces da Natureza, isto é, a material.

 

Assim, vejamos.

 

 

IDENTIDADE DE ORIGENS FILOSÓFICAS

 

O Capitalismo é uma conseqüência do Liberalismo. O Liberalismo é o império do Individualismo. O Individualismo é o rompimento com todas as disciplinas morais capazes de compor equilíbrios na sociedade, de acordo com os interesses superiores do Espírito.

 

Por conseqüência, o Individualismo é o Materialismo. E a prova de que o Individualismo é o Materialismo é o fato dessa concepção de vida ter tido como fonte os postulados epi- curistas, estoicistas ou naturalistas que constituíram toda a tra­ma do pensamento dos fins do século XVIII, da Enciclopédia e da Revolução Francesa.

 

O "homem natural" de Rousseau é o índice de todo o Individualismo que gerou o Liberalismo. Se o Homem devia ser "natural", era lógico que a Economia fosse também "natu­ral" e que nenhuma força interviesse, nem nos movimentos do Homem, nem nos da Economia. Tudo deveria ser subordinado às próprias leis da matéria.

 

Foi segundo esses princípios materialistas que a Burguesia se desenvolveu, como instrumento passivo nas mãos da Finança Internacional.

 

Lançada a luta livre no mundo, fechadas as corporações operárias, proibido o Estado de intervir nos fenômenos da pro­dução, da circulação, da distribuição e do consumo das mercado­rias, começou a verificar-se o que seria inevitável: os fortes a oprimirem os fracos.

 

A liberdade contratual, dando direitos e poderes a cada indivíduo para propor e aceitar salários, colocou o operário, isolado e fraco, diante do patrão imensamente forte. Coagido pela concorrência de outros operários, o ofertante de "traba­lho" via-se na dura contingência de subordinar-se à oscilação dos preços. O "trabalho" foi transformado em mercadoria su­jeita à lei da oferta e da procura.

 

A livre concorrência, no campo comercial, conforme obser­va Marx, que é um sistematizador burguês, levava os deten­tores dos meios de produção a cortarem os salários e aumen­tarem as horas de trabalho. Essa dupla luta de cada produtor, de um lado com o seu adversário e do outro com os seus assalariados, determinava a derrota dos que apresentavam me­nores possibilidades de resistência e adaptabilidade.

 

Sendo injusta, imoral, semelhante situação, o Capitalismo precisou de arranjar uma justificação. Esta encontrou seus fun­damentos no materialismo. O estudo da evolução natural abriu novos horizontes à brutalidade do Capitalismo. Enquanto Haeckel explica a origem da vida no mistério das "moneras", enquanto Darwin desenvolve a teoria do "struggle for life", que justifica o triunfo do forte, do mais apto sobre o fraco, Spencer, com extraordinário poder construtivo, sistematiza as grandes linhas do Evolucionismo, estabelecendo os seus "princípios" e acompanhando as manifestações da "matéria" e da "energia", desde a nebulosa às sedimentações geológicas, e desde os pri­meiros fenômenos vitais até à Sociologia, à Política e ao Direito.

 

Spencer é o filósofo da Burguesia e do Capitalismo inglês, como Adam Smith é o economista do liberalismo nacionalista da Grã-Bretanha. A palavra mágica, tanto para um como para outro, é a mesma de Darwin: a luta.

 

Nada mais natural para uma concepção materialista da vida. Nada mais lógico, para uma época em que o naturalismo levou ao experimentalismo e este à consideração unilateral dos fenômenos.

 

A palavra cabalística do século XIX, diz Farias Brito, foi: "evolução". Acho que poderemos acrescentar a essa palavra, esta outra: "luta".

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