História, perguntado por leticiajoliehogaza, 8 meses atrás

as ações do rei Jaime 2 desagradavam o parlamento e o deixavam temeroso quanto a possibilidade do absolutismo retornar. Qual foi o estopim, que levou os parlamentares a conspirarem a derrubada do Rei Inglês ?​

Soluções para a tarefa

Respondido por EmanuelaGuedess14
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Resposta:

Revolução Gloriosa

A Revolução Gloriosa, ocorrida em 1688, foi a primeira revolução burguesa da história, além de ser responsável pela queda da dinastia Stuart na Inglaterra.

A Revolução Gloriosa é o nome que se dá para os acontecimentos que levaram à deposição de Jaime II e à coroação de Guilherme de Orange e Maria Stuart como rei e rainha da Inglaterra. A Revolução Gloriosa ocorreu em 1688 e foi uma das etapas da Revolução Inglesa, além de ter sido responsável pela queda do absolutismo na Inglaterra. A monarquia absolutista inglesa transformou-se em uma monarquia constitucional, que consolidou o domínio da burguesia na Inglaterra.

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Revolução Puritana

Para o entendimento dos acontecimentos da Revolução Gloriosa, é necessária uma retrospectiva na história da Inglaterra. É importante, primeiramente, uma curta abordagem sobre a Revolução Puritana, também conhecida como Guerra Civil Inglesa. Esse acontecimento marcou a deposição de Carlos I, rei pertencente à dinastia Stuart.

A Revolução Puritana foi resultado do choque de interesses que existia entre o Parlamento e o rei da Inglaterra. O rei, naturalmente, queria manter seu poder por meio de uma monarquia absolutista, enquanto os parlamentares ingleses tinham interesse em transformar o país em uma monarquia constitucional baseada nos ideais liberais que favoreceriam a burguesia.

O choque entre os parlamentares e o rei inglês levou à Guerra Civil Inglesa, processo que se estendeu pela década de 1640 e resultou na deposição do rei e na sua execução em 1649. Oliver Cromwell destacou-se nesse período e acabou tornando-se ditador da Inglaterra na década seguinte, na república ditatorial conhecida como Commonwealth.

Os atritos entre o rei e o Parlamento concentraram-se, principalmente, na questão dos impostos. Carlos I desejava aumentá-los para aumentar também as receitas do reino, mas o Parlamento inglês recusava-se a ceder tal aumento ao rei. Assim, em 1629, o rei resolveu dissolver o Parlamento e governou de maneira independente até 1640.

Em 1640, o rei resolveu restaurar o Parlamento novamente para aprovar o aumento dos impostos a fim de financiar sua guerra contra os escoceses. A ação do Parlamento inglês em relação ao rei foi mais inflexível ainda, e, assim, rei e Parlamento entraram em guerra. Como mencionado, essa guerra levou à derrocada de Carlos I e sua decapitação na data citada.

Restauração monárquica



Oliver Cromwell foi ditador da Inglaterra entre 1653 e 1658, em um período conhecido como Commonwealth.

Após a derrubada da monarquia, a Inglaterra tornou-se uma República que, a princípio, foi governada pelo próprio Parlamento, mas que, depois, caiu nas mãos de Oliver Cromwell, que implantou uma ditadura no país entre 1653 e 1658. Com o falecimento de Oliver Cromwell, em 1658, seu filho Richard Cromwell assumiu o poder, mas permaneceu poucos meses na função.

Após a saída de Richard, o poder retornou ao Parlamento, que resolveu devolvê-lo aos Stuart. Assim, os parlamentares convidaram Carlos II, filho do rei decapitado, para assumir o trono da Inglaterra em 1660. Carlos II só assumiu o trono inglês porque concordou em governar o país com poderes reduzidos, em uma demonstração de força do Parlamento inglês e de que o absolutismo não seria permitido novamente.

Carlos II, no entanto, mostrou-se disposto a criar as condições para o retorno do absolutismo na Inglaterra, além de ter-se aproximado dos católicos. Os atritos entre rei e Parlamento retornaram e, em 1681, o Parlamento foi novamente dissolvido e assim permaneceu até o falecimento do rei, que aconteceu em 1685.

Nesse ano, o trono foi transmitido para Jaime II, irmão de Carlos II. A sucessão do trono para o irmão aconteceu porque Carlos I não teve filhos legítimos. Jaime II, durante o seu reinado, manteve suas ações alinhadas com o que Carlos I havia praticado, e isso reforçou os conflitos entre rei e Parlamento.

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