artigo de opinião: você acha que o modelo de educação de antes vai voltar a ser como era?
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Dúvidas, mudanças, projeções, replanejamentos e densas reflexões. Todas essas características adentraram as instituições de ensino nos últimos meses diante da expansão mundial do novo coronavírus. Dessa forma, gestores/as, especialistas e empresários do setor articulam possíveis caminhos para um contexto pós-pandemia, repensando a utilização de tecnologias, metodologias pedagógicas, relações socioemocionais, aproximações entre escola e família, bem como os fluxos entre os funcionários das instituições.
Por Rafael Pinheiro / Fotos Divulgação
O primeiro semestre de 2020 foi palco de rupturas abruptas sem precedentes em todas as camadas sociais. A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) instaurou, rapidamente, mudanças que atravessaram a vida de todos e todas pelo mundo, afetando – diretamente – todos os espaços de sociabilidade. Diante de tantas alterações e reestruturações, questionamentos e incertezas emergem, propondo, de certa maneira, novos olhares sobre fluxos, vivências e experiências cotidianas.
“Sabemos que o mundo não será o mesmo”, afirmam Anna Paula Jorge Jardim e Valéria Alves da Silveira, vice-diretoras do Colégio Nossa Senhora das Dores (MG), unidades Floresta e Pompeia, respectivamente. “As relações sociais, econômicas e políticas sofrerão mudanças pós-pandemia. Com as escolas, não será diferente! Tratam-se de espaços coletivos e de socialização”, apontam.
Dessa forma, tendo a escola como um espaço privilegiado de interações sociais, a expectativa é que, em um cenário pós-pandemia, tanto as relações como os próprios espaços, sejam afetados e reinventados. “O momento é do ‘Re’: reinventar, repensar, refazer, ressignificar, reconstruir, remodelar. Professores e alunos valorizarão de maneira mais intensa uns aos outros, a parceria entre família e escola será mais efetiva e a delimitação dos conteúdos, de fato, essenciais será revista”, destacam Jardim e Silveira.
Segundo as vice-diretoras, as reflexões provocadas em todas as esferas sociais pelo coronavírus, trarão outros olhares para os aspectos da vida social, especialmente a educação. E, em um processo de reinvenção do fazer educacional, educadores e instituições de ensino perceberão “que inúmeras são as possibilidades de inovar na educação e que as mudanças só ocorrem se os atores envolvidos se propuserem a acreditar e experimentar”. Nesse sentido, “acreditamos que a mudança de foco dos processos educacionais – ensino, aprendizagem e avaliação – só serão possíveis se houver a mudança de quem se relaciona com eles e na maneira como serão construídos”, ressaltam Jardim e Silveira.
Para Ademar Batista Pereira, professor e presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), ainda é cedo para traçar os rumos que a educação tomará em um momento pós-pandemia. “Se encontrarem um remédio ou uma vacina até o final do ano, voltamos a uma vida normal, mas em uma crise econômica profunda. Se não encontrarem, teremos que nos adaptar a um novo normal”.
Refletindo sobre a tecnologia, que ganhou centralidade na comunicação e se tornou ferramenta para a aprendizagem, Ademar acredita que a escola incorporará parte do que aprendeu nesse período, “a maior profundidade depende das circunstâncias que teremos no pós-pandemia. Mas a tendência é termos uma escola com ensino híbrido”.
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