Aquela triste e leda madrugada,
cheia toda de mágoa e de piedade,
enquanto houver no mundo saudade
quero que seja sempre celebrada.
Ela só, quando amena e marchetada
saía, dando ao mundo claridade,
viu apartar-se de uma outra vontade,
que nunca poderá ver-se apartada.
Ela só viu as lágrimas em fio,
de que uns e outros olhos derivadas
se acrescentaram em grande e largo rio.
Ela viu as palavras magoadas
que puderam tornar o fogo frio,
e dar descanso às almas condenadas.
Da leitura e análise do poema, é possível afirmar que
a) o eu fala a respeito de si, revelando sentimentos profundos que vive e que o faz uma alma condenada pela madrugada.
b) o eu fala sobre a madrugada e as dores e sofrimentos que esta passa ao longo da vida.
c) o eu fala sobre a relação dele com a madrugada e de como a saudade que sentirá dela é angustiante.
d) o eu fala a respeito da dolorosa separação entre vivenciada por dois amantes e testemunhada pela madrugada.
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