Apresente o quadro presidencial de forma cronológica do período da ditadura-civil militar no Brasil.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Durante a ditadura, os cinco presidentes eram militares e foram eleitos indiretamente por meio do Colégio Eleitoral.
Humberto de Alencar Castello Branco (1964-1967)
Posse de Castello Branco como Presidente da República.
Foi o primeiro presidente da ditadura e consolidou a presença militar no governo brasileiro. A princípio, seu mandato terminaria em janeiro de 1966, mas foi prorrogado até 15 de março de 1967. Apesar de ser incluído como moderado, Castelo não poupou esforços para cassar mandatos de opositores.
Em seu governo, foi promulgada uma Constituição que, entre outras medidas, garantiria maiores poderes ao presidente da República. Na área econômica, promoveu a entrada de capitais externos e o controle dos gastos públicos. Em novembro de 1965, publicou o Ato Institucional número 2, que tornou indiretas as eleições presidenciais e extinguiu os partidos políticos. Começava o período do bipartidarismo, ou seja, apenas dois partidos eram permitidos: Aliança Renovadora Nacional (Arena), governista, e Movimento Democrático Brasileiro (MDB), oposicionista. Para saber mais detalhes sobre esse período, leia: Governo Castello Branco.
Arthur da Costa e Silva (1967-1969)
Alinhado com a linha-dura militar, Costa e Silva aprofundou a escalada autoritária da ditadura, decretando, por exemplo, o Ato Institucional número 5, o mais violento de todos. Nos primeiros meses de seu governo, a oposição conseguiu se reorganizar e manifestar sua contrariedade com o regime ao realizar grandes passeatas nas cidades. A maior delas reuniu 100 mil pessoas, que protestaram contra o governo nas ruas do centro do Rio de Janeiro.
Em 1969, Costa e Silva sofreu um derrame cerebral e foi afastado da Presidência da República. Seu vice, Pedro Aleixo, foi impedido de assumir a Presidência, pois votou contra o AI-5. Quem assumiu o poder foi uma Junta Militar composta pelos ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica até a eleição indireta do novo presidente.
Emilio Garrastazu Médici (1969-1974)
O governo Médici ficou caracterizado pela perseguição violenta aos opositores da ditadura, principalmente na Guerrilha do Araguaia, quando militantes de esquerda pegaram em armas para derrubar o regime. Outra marca do seu governo foi o “milagre econômico”, em que o PIB brasileiro cresceu 10% ao ano. O êxito econômico estava atrelado ao capital externo investido no Brasil. Porém, mesmo com as notícias positivas na economia, a desigualdade social persistia.
Médici usou da propaganda para enfatizar o êxito da economia e atacar a oposição com slogans como “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Em 1970, a seleção brasileira de futebol conquistou o tricampeonato no México, e o governo Médici usou a conquista futebolística como propaganda, exaltando o “Brasil grande”. Outra marca do seu governo foi a construção de obras públicas, como a Rodovia Transamazônica.
Ernesto Geisel (1974-1979)
Geisel assumiu a Presidência prometendo a abertura política “lenta, gradual e segura”, isto é, controlada pelo governo. O “milagre econômico” começava a apontar seu esgotamento, principalmente por causa do aumento do preço do petróleo. A crise econômica atingiu diretamente o governo nas eleições para o Congresso. O MDB, partido da oposição, conquistou a maioria no Congresso, e o governo teve que agir para evitar que o avanço oposicionista barrasse suas ações no Parlamento.
A morte do jornalista Vladmir Herzog nas dependências do DOI-CODI em São Paulo provocou grande comoção nacional, pressionando o presidente a demitir o general Ednardo D’Ávila, que comandava o II Exército na capital paulista e era entusiasta da prática da tortura. No final do seu governo, Geisel extinguiu o AI-5.
João Batista Figueiredo (1979-1985)
O governo do general João Figueiredo foi o último da ditadura e concluiu a abertura política iniciada no governo Geisel. Em 1979, Figueiredo assinou a Lei da Anistia, que permitiu o retorno dos exilados ao Brasil e garantiu o perdão aos crimes cometidos por militares e por militantes de esquerda.
Além disso, em seu governo, aconteceram as eleições estaduais diretas em 1982, com ampla vitória dos candidatos da oposição. Na área econômica, a dívida externa e a inflação estavam em plena ascensão. Em 1984, aconteceu o movimento das Diretas Já, que exigia as eleições diretas na sucessão de Figueiredo. Com a derrota da emenda pelas eleições diretas no Congresso, o sucessor de Figueiredo foi escolhido pelo Colégio Eleitoral, e o eleito foi Tancredo Neves.