Apresente a posição política dos EUA em relação a Europa no limiar do século XIX.
Soluções para a tarefa
O Apogeu da Europa
No começo do séc XX, a Europa tinha uma capacidade económica superior ao conjunto dos outros continentes. Essa superioridade devia-se sobretudo ao enriquecimento gerado pela industrialização e ao domínio colonial sobre extensas zonas do globo. Nesta altura a Europa tinha-se tornado a fábrica do mundo, já que assegurava mais de metade da produção industrial mundial, a banqueira do mundo, já que mais de metade dos capitais investidos mundialmente eram europeus e a comerciante do mundo já possuía quase todas as grandes companhias de transportes, através das quais controlava o comércio.
Embora a Europa fosse o continente mais desenvolvido havia países mais industrializados como a Alemanha, a França e a Inglaterra e países pouco industrializados como a Itália, a Espanha, Portugal e a Rússia.
A hegemonia europeia não era, porém, tão forte como parecia e os USA tinham começado a tornar-se a partir da segunda metade do séc XIX, um grande rival da Europa passando a dominar alguns mercados anteriormente europeus e deixando de importar tantos produtos da Europa.
O Japão era também um rival já que os salários baixos pagos aos trabalhadores permitiam vender os produtos a preços competitivos.
O Imperialismo e o Colonialismo Europeu
Entre os séculos XV e XVIII, vários países europeus, nomeadamente Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França tornaram-se grandes potências coloniais, foi a 1ºfase do colonialismo europeu no mundo. Porém, nos finais do séc. XVII, o colonialismo europeu parecia começar a recuar com a independência dos EUA e depois com a independência das colónias da América Central e do Sul.
Todavia, no séc XIX, o rápido crescimento do capitalismo industrial e financeiro fez com que os países mais industrializados, procurassem continuar a deter a hegemonia mundial, facto que originou um novo movimento expansionista de alargamento dos territórios coloniais já existentes, bem como reforçar o domínio sobre os países menos desenvolvidos (imperialismo). Foram várias as razões que levaram a esse movimento:
. Económicas, uma vez que a Expansão da Revolução Industrial provocou a necessidade de obter matérias-primas e mão-de-obra baratas, de fazer investimentos rentáveis e de criar novos mercados para escoar os produtos industriais e assim desenvolver a própria indústria. Por outro lado os países europeus tinham de arranjar destinos para a população europeia em crescimento.
. Políticos e Estratégicos, as principais potências coloniais em rivalidade umas com as outras, precisavam de afirmar o seu poderio e força militar.
. Ideológicos e Culturais, numa espécie de “missão civilizadora”, ai procurarem expandir a sua religião, língua, estilo de vida e instituições, por considerarem que havia uma superioridade da civilização europeia em relação aos povos não brancos (racismo).
A Partilha do Mundo
Nos finais do séc. XIX, o alargamento territorial das potências europeias em África e na Ásia tinha como principal objectivo a exploração económica, desenvolvendo-se novamente o colonialismo. Isto provocou a disputa de algumas regiões por várias potências europeias que enviaram expedições para explorar essas áreas. Para se resolver pacificamente a partilha de África, organizou-se a Conferência de Berlim 1884-85. Decidiu-se que a partilha de África assentava no princípio de ocupação efectiva, isto é, os territórios africanos deviam pertencer aos países que tivessem meios para os ocupar de facto. Assim, o princípio do direito histórico, baseado na descoberta foi desvalorizado. Isto veio a favorecer as nações mais poderosas da Europa. Tudo estava preparado para a formação de grandes impérios coloniais. A Inglaterra detinha o maior império colonial que se extensiva em África do Cairo ao Cabo, seguindo-se a França que detinha a maior parte dos seus territórios na África Oriental. Portugal possui em África, a Guiné, Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde. Neste processo de corrida às áreas de influência, Portugal declarou através do mapa cor-de-rosa, a sua intenção de ocupar os territórios entre Angola e Moçambique. A Conferência de Berlim determinou o princípio da ocupação efectiva e Portugal e não tinha qualquer presença em muitos dos espaços que reivindicava no interior do continente africano e, por isso, foram enviadas várias expedições militares entre Angola e Moçambique pretendendo-se ocupar mesmo a zona entre as duas colónias. Este projecto acabou por chocar com o plano inglês de ligar o Cairo, No Egipto ao Cabo, na África do Sul. Como retaliação em 1890, os Ingleses obrigaram Portugal a abandonar o Chire (zona entre Angola e Moçambique) sobre a ameaça de um ultimato.