Apresente 5 evidências a favor ao aquecimento global.
Soluções para a tarefa
Resposta:
1 – O planeta está mais quente. Mesmo.
As temperaturas médias anuais não param de subir. Nós já esquentamos a Terra em 1,1oC em relação ao período antes da Revolução Industrial. Não parece, mas isso é muita coisa – e aconteceu muito rápido. E trata-se de uma média: no Brasil, por exemplo, o aquecimento foi de 1ºC em 50 anos. O ano de 2016 foi o mais quente da história, seguido por 2017, 2015 e 2014. De fato, 17 dos 18 anos mais quentes já vistos desde o início dos registros globais, em 1880, aconteceram neste século. O gráfico abaixo, compilado pelo site americano Climate Central, mostra que não houve um mês mais frio que o normal na Terra desde 1935. No palavrório usado desde 2007 pelo IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, diz-se que o aquecimento do sistema climático é “inequívoco”.
2 – A variabilidade natural não explica esse aquecimento.
OK, dirá seu amigo negacionista. Não dá para discutir com o termômetro: o planeta está mesmo mais quente. Mas isso pode ser um fenômeno cíclico – afinal, o clima da Terra mudou no passado, e de forma muito mais radical, por causas inteiramente naturais, certo? Certo. Há variações nas manchas solares, na órbita da Terra e erupções vulcânicas que afetam o clima, certo? Certo. O problema é que essas variações naturais (linha azul no gráfico abaixo), sozinhas, não explicam o aquecimento observado (linha preta) no último século. Os modelos só casam com as medições quando a interferência humana (linha vermelha) é incluída na conta. (Em tempo: as linhas cinzentas verticais representam erupções vulcânicas, que esfriam temporariamente o planeta.)
3 – A atmosfera está esquentando exatamente do jeito que se esperaria se os humanos fossem a causa principal.
Não são apenas os termômetros que medem o aquecimento da superfície terrestre e dos mares: satélites também fazem isso há quase 40 anos. Na década de 1970, os primeiros modelos climáticos de computador previram que, se o CO2 emitido por atividades humanas estivesse aprisionando calor na baixa atmosfera (a troposfera), nós veríamos um aquecimento na troposfera e um resfriamento na alta atmosfera (a estratosfera). Se o Sol fosse responsável, as duas camadas esquentariam de maneira mais ou menos uniforme, já que a radiação refletida pela superfície do planeta subiria gradualmente para o espaço. E adivinhe: os satélites vêm detectando exatamente o padrão esperado de troposfera mais quente e estratosfera mais fria.
4 – O nível de gás carbônico na atmosfera é o maior em 3,5 milhões de anos. Você leu certo: milhões.
A quantidade de CO2 na atmosfera atingiu em 2016 a marca de 403 partes por milhão. Há evidências diretas, do estudo de ar aprisionado em gelo na Antártida, de que essa é a maior concentração em 800 mil anos. Mas há evidências indiretas de que a concentração é a maior em 3,5 milhões de anos – quando os ancestrais da humanidade ainda estavam descendo das árvores na África. Todos os dados mostram que o CO2 é uma espécie de botão de volume da temperatura: quanto mais ele cresce, mais o mundo esquenta. Há 125 mil anos, uma concentração de CO2 de 290 partes por milhão esteve ligada a um aquecimento global de 2oC e uma elevação de cerca de 10 metros no nível do mar.
5 – O gelo do Ártico está derretendo. TODO ele
Todo mundo já viu as fotos dos ursos-polares desolados devido ao derretimento do gelo marinho do Ártico (aquela camada de mar permanentemente congelado que cobre o polo Norte). Desde o início das observações com satélites, no fim dos anos 1970, o Ártico tem perdido cada vez mais gelo marinho no verão e ganho cada vez menos gelo marinho no inverno. Beleza, mas é só o gelo marinho. Quem sabe há alguma variabilidade natural de longo prazo mudando a temperatura do mar? Sim, existe uma, a Oscilação Multidecadal do Atlântico. O problema é que TODO o gelo do Ártico está indo embora, de montanhas no Alasca às neves da Sibéria às geleiras da Groenlândia. Somente uma tendência de longo prazo de aquecimento global, auxiliada pela fuligem produzida pelos combustíveis fósseis do hemisfério Norte industrializado (que escurece o gelo e facilita seu derretimento), explica por que tantas massas de gelo sujeitas a influências diferentes resolveram derreter todas ao mesmo tempo.
Explicação: