Português, perguntado por egomesa, 1 ano atrás

"APRENDI que, para um escritor, um livro é como um filho,
mas que é preciso diferenciar entre filhos e livros.
APRENDI que terminar um livro se acompanha de uma
sensação de vazio, mas que o vazio também, faz parte da
vida de quem escreve.
APRENDI que há uma diferença entre literatura e vida
literária, entre literatura e política literária. Escrever é um
vício solitário.
APRENDI a diferenciar entre o verdadeiro crítico e o falso
crítico. O falso crítico não está falando do que leu. Está
falando dos seus próprios problemas.
APRENDI que, para um escritor, frio na barriga ou nos pelos
do braço arrepiados são um bom sinal: um livro vem vindo
aí."

Ao repetir a palavra “aprendi” no começo dos
parágrafos, o autor utilizou-se de qual Figura Sintática?
A) Silepse
B) Anáfora
C) Hipérbato
D) Anacoluto

Soluções para a tarefa

Respondido por jeovasilva798
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Resposta:

Resposta certa letra “B” Anáfora.

Explicação:

Silepse: Também conhecida como concordância ideológica. Pode referir-se ao gênero, número e pessoa.

Exemplo: Todos neste país somos importantes no combate à violência. (O verbo “somos” não está concordando com o sujeito “todos”, no entanto, o verbo está concordando com a ideia nele implícita, já que o falante se inclui entre aqueles que são importantes).

Anáfora: Caracteriza-se pela repetição de uma mesma palavra ou expressão no início de frases ou em versos consecutivos.

Exemplos: “Era uma estrela tão alta!/ Era uma estrela tão fria!/ Era uma estrela sozinha/ Luzindo no fim do dia”. - Manuel Bandeira. (Era uma estrela tão alta, fria, sozinha luzindo no fim do dia).

Hipérbato: Caracteriza-se pela troca da ordem direta dos termos da oração.

Exemplo: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”. (As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico).

Obs: Anacoluto não é uma figura de sintaxe. Ela é classificada como uma figura de construção, o anacoluto consiste numa “frase quebrada”, normalmente quando o propósito ou assunto de determinada frase é apresentado antes do restante da oração. Exemplo: “Eu, toda vez que chego, você me enche de beijos”.

No exemplo acima, a princípio, o pronome “eu” pode ser considerado o sujeito a oração. Mas, ao ser introduzido o novo período “toda vez que chego” constata-se, na realidade, que o sujeito se encontra oculto em “toda vez que (eu) chego”. Assim, o “eu” do começo da frase passa a ter nenhuma função sintática na oração.

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