Após um longo período de opressão e discriminação, a passagem do século XIX para o XX ficou marcada pelo
recrudescimento do movimento feminista, o qual ganharia voz e representatividade política mais tarde em todo o mundo na luta
pelos direitos das mulheres, dentre eles o direito ao voto. Essa luta pela cidadania não seria fácil, arrastando-se por anos.
Prova disso está no fato de que a participação do voto feminino é um fenômeno também recente para a história do Brasil.
Embora a proclamação da República tenha ocorrido em 1889, foi apenas em 1932 que as mulheres brasileiras puderam votar
efetivamente. Esta restrição ao voto e à participação feminina no Brasil seriam consequência do predomínio de uma
organização social patriarcal, na qual a figura feminina estava em segundo plano. Mesmo com alguns avanços, ainda no início
da segunda metade do século XX, as mulheres sofriam as consequências do preconceito e do status de inferioridade. Aquele
modelo de família norte-americana estava em seu auge, em que a figura feminina era imaginada de avental e com bobs nos
cabelos, no meio da cozinha, envolta por liquidificador, batedeira, fogão, entre outros utensílios domésticos. Seria apenas no
transcorrer das décadas de 50, 60 e 70 que o mundo assistiria mudanças fundamentais no papel social da mulher, mudanças
estas significativas para os dias de hoje. O movimento contracultural encabeçado por jovens (a exemplo do movimento Hippie)
transgressores dos padrões culturais ocidentais outrora predominantes defendiam uma revolução e liberação sexual,
quebrando tabus para o sexo feminino, não apenas em relação à sexualidade, mas também no que dizia respeito ao divórcio.
Como se sabe, o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção requer cada vez menos o trabalho braçal,
necessitando-se cada vez mais de trabalho intelectual. Consequentemente, criam-se condições cada vez mais favoráveis para
a inserção do trabalho da mulher nos mais diferentes ramos de atividade. Ao estudar cada vez mais, as mulheres se preparam
para assumir não apenas outras funções no mercado de trabalho, mas sim para assumir aquelas de comando, liderança,
cargos em que antes predominavam o terno e a gravata. Essa guinada em seu papel social reflete não apenas nas relações de
trabalhos em si, mas fundamentalmente nas relações sociais com os homens de maneira em geral. Isto significa que
mudanças no papel da mulher requerem mudanças no papel do homem, o qual passa por uma crise de identidade ao ter de
dividir um espaço no qual outrora reinava absoluto.
Mulheres com maior grau de escolaridade diminuem as taxas de natalidade (têm menos filhos), casam-se com idades
mais avançadas, possuem maior expectativa de vida e podem assumir o comando da família como no exemplo da propaganda
de automóvel citada. Obviamente, vale dizer que as aspirações femininas variam conforme seu nível de esclarecimento, mas
também conforme a cultura em que a mulher está inserida. Contudo, é preciso se pensar que mesmo com todas essas
mudanças no papel da mulher, ainda não há igualdade de salários, mesmo que desempenhem as mesmas funções
profissionais, ainda havendo o que se chama de preconceito de gênero. Além disso, a mulher ainda acaba por acumular
algumas funções domésticas assimiladas culturalmente como se fossem sua obrigação e não do homem – funções de dona de ......
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eu vou responder no outro que tem as perguntas
jennifersousanascime:
ta
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