Após descrever a alegoria da caverna, na obra A República, Platão faz a seguinte afirmação:
Com efeito, uma vez habituados, sereis mil vezes melhores do que os que lá estão e reconhecereis cada imagem, o que ela é e o que representa, devido a terdes contemplado a verdade relativa ao belo, ao justo e ao bom. E assim teremos uma cidade para nós e para vós, que é uma realidade, e não um sonho, como atualmente sucede na maioria delas, onde combatem por sombras uns com os outros e disputam o poder, como se ele fosse um grande bem.
(PLATÃO. A República. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1994. p.326.)
a) Segundo a alegoria da caverna de Platão e com base nessa afirmação, explique o modelo político que configura a organização da cidade ideal.
Soluções para a tarefa
Explicação:
Para Platão, a cidade ideal seria dividida em três classes
1) artesãos= designados ao trabalho manual e confecção de objetos.
2) guerreiros= fariam a segurança da cidade
3) filósofos= estes seriam responsáveis por gerir as leis e manter a cidade em ordem.
A conclusão que podemos chegar ao comparar a cidade ideal ao mito da caverna é que aquele que no mito sai da caverna e enxerga a luz do sol (verdade) é aquele que está pronto para gerir os demais, ou seja, conduzi-los a verdade. Portanto, este indivíduo, para Platão, seria o filósofo, já que tem como função buscar a luz da verdade e orientar todo o restante daquilo que é verdadeiramente existente e dotado do bem.
Para Platão, cada cidadão deveria ser educado de acordo com a alma que lhe é cabível, seja concupiscível, irasível ou racional.
Platão, ao criar sua teoria dos dois mundos, utiliza-se da metáfora do Mito da Caverna, que traz a ideia de verdade e ilusão. Para o pensador, a razão é a base para se obter um conhecimento epistemológico e constituir um livramento das opiniões e do erro.
Assim, a caverna representa a cegueira humana, que impede o homem de se chegar ao verdadeiro conhecimento. Essa cegueira são as experiências mundanas, que, por serem cópias do mundo inteligível, enganam o homem e o afasta do real.
De acordo com Platão, a matéria e o senso comum impedem que o homem conheça a verdade de fato, pois o corpo aprisiona a alma e a distancia da Inteligência. Assim, para se chegar ao Hiperurânio, o homem deve "sair da caverna" e usufruir da sua razão, única faculdade confiável e que pode conduzir o homem a aproximar-se da verdade.
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