História, perguntado por mariadelourdesg729, 9 meses atrás

Após a queda de palmares,novas idéias de libertação surgiram.Formaram-se grupos em defesa do fim da escravidão.Que movimento foi esse e que pessoa participaram?

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Respondido por laillasantiagoh
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Resposta:

aprovação da Lei Áurea foi uma conquista popular, fruto do crescimento que o movimento abolicionista teve na segunda metade do século XIX. O movimento abolicionista no Brasil agrupou pessoas de diferentes classes sociais que agiam de diversas maneiras na luta pela abolição da escravatura. Incluída no movimento abolicionista não está apenas a ação da parcela livre da sociedade mas também a resistência dos escravos.

O movimento abolicionista cresceu de maneira notável a partir da década de 1870, e nesse período uma série de associações abolicionistas surgiu em diferentes partes do país. A ação desses grupos era diversa, e o crescimento do debate abolicionista alcançou a política, apesar da grande resistência existente contra a abolição.

As associações abolicionistas debatiam estratégias para promover a sua causa e atuavam publicamente para atrair pessoas em apoio a ela. Entre as personalidades de destaque que atuaram pelo fim da escravidão no Brasil estão: André Rebouças, Luís Gama, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Castro Alves, entre outras.

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O crescimento da causa abolicionista fez a criação de associações desse cunho disparar entre 1878 e 1885, e assim surgiram 227 sociedades abolicionistas.|1| Esses grupos pró-abolição organizavam conferências, comícios na rua, distribuíam panfletos, publicavam artigos em jornais, e também ajudavam na resistência organizando rotas de fugas para escravos, abrigando-os, incentivando-os a fugirem etc.

Existiu uma consistente ação dos abolicionistas no meio jurídico, e foi comum nesse período a atuação de advogados na defesa de escravos que buscavam melhores condições de trabalho, defendiam os que não estavam devidamente matriculados no registro de escravos etc.

No jornalismo, a atuação contra a escravidão e a distribuição de folhetos eram constantes, além de vários jornais abrirem espaço para a publicação de artigos em defesa da abolição. Dentre as publicações que atuavam nessa defesa, podem ser destacados A Abolição, Oitenta e Nove, A Liberdade, O Amigo do Escravo, A Gazeta da Tarde etc.

Na década de 1880, a atuação do movimento abolicionista dava-se por duas vias: a legal e a ilegal. No caso da atuação legal, voltamos a mencionar aqueles exemplos: defesa de escravos nos tribunais, publicação de artigos, realização de conferências, distribuição de panfletos etc.

Já as ações ilegais são aquelas enxergadas como criminosas do ponto de vista da lei da época e incluíam ações de desobediência civil. Os abolicionistas incentivavam a fuga de escravos e davam abrigo para os que haviam fugido. Uma ação comum foi o transporte de escravos fugidos para o Ceará — estado que aboliu a escravidão em 1884.

Existia também o “sequestro” de escravos que estavam em transporte ou que seriam embarcados para algum lugar do Brasil. Nessa ação, os envolvidos “sequestravam” os escravos para, em seguida, libertá-los. Existiram grupos abolicionistas que também defenderam o levante armado para forçar o fim dessa atividade desumana.

A associação abolicionista de maior destaque da história brasileira foi a Confederação Abolicionista. Esse grupo foi criado por José do Patrocínio e André Rebouças, em 1883, e defendia uma abolição irrestrita e imediata, sem indenização para os senhores de escravos. A Confederação Abolicionista atuou na coordenação da campanha abolicionista a nível nacional.

Acesse também: A atuação dos caifazes na campanha pela abolição da escravatura

Resistência dos escravos

O movimento abolicionista não se fez apenas pela ação das pessoas livres, mas contou com a atuação fundamental dos escravos que resistiam à escravidão de diversas maneiras. Esses, muitas vezes, eram incentivados a fugir, mas, na maioria dos casos, as fugas aconteciam porque os escravos percebiam o crescimento do movimento e sentiam-se encorajados para tanto.

As fugas coletivas e constantes tinham como objetivo pressionar os donos de escravos, e, em outros casos, os escravos rebelavam-se contra seu senhor, o que resultava na morte desse e de sua família. Essa resistência procurava enfraquecer a escravidão para que seu fim fosse conquistado.

Os escravos que fugiam, muitas vezes, poderiam mudar-se para as cidades e misturar-se na multidão de negros libertos e escravizados que habitavam esses locais. Outros, por sua vez, preferiam mudar-se para os quilombos — redutos que abrigavam escravos fugidos. No final do século XIX, surgiram quilombos em diferentes partes do Brasil, sobretudo ao redor de cidades como Rio de Janeiro.

Conheça mais: Quilombo dos Palmares,

Explicação:

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