Após a leitura da música "O meu guri" de Chico Buarque, reescreva a letra em forma de crônica:
O Meu Guri
Chico Buarque
Compositor(a) da letra: Chico Buarque
Álbum da letra: Almanaque
Ano de lançamento: 1982
Quando, seu moço
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar…
Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar…
Como fui levando
Não sei lhe explicar…
Fui assim levando
Ele a me levar…
E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá…
Olha aí!
Olha aí!
Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí!
É o meu guri
E ele chega…
Chega suado
E veloz do batente
E traz sempre um presente
Prá me encabular…
Tanta corrente de ouro
Seu moço
Que haja pescoço
Prá enfiar…
Me trouxe uma bolsa
Já com tudo dentro
Chave, caderneta
Terço e patuá…
Um lenço e uma penca
De documentos
Prá finalmente
Eu me identificar…
Olha aí!
Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí!
É o meu guri
E ele chega…
Chega no morro
Com o carregamento
Pulseira, cimento
Relógio, pneu, gravador…
Rezo até ele chegar
Cá no alto
Essa onda de assaltos
Está um horror…
Eu consolo ele
Ele me consola…
Boto ele no colo
Prá ele me ninar..
De repente acordo
Olho pro lado
E o danado
Já foi trabalhar
Olha aí!
Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí!
É o meu guri
E ele chega…
Chega estampado
Manchete, retrato
Com venda nos olhos
Legenda e as iniciais…
Eu não entendo essa gente
Seu moço
Fazendo alvoroço
Demais…
O guri no mato
Acho que tá rindo
Acho que tá lindo
De papo pro ar
Desde o começo
Eu não disse
Seu moço
Ele disse que chegava lá…
Olha aí!
Olha aí!
Olha aí!
Aí o meu guri
Olha aí!
Olha aí
É o meu guri…(3x)
Soluções para a tarefa
Resposta:
Explicação:
Olá, tudo bem?
Este exercício é produção de texto.
Conheço um garoto, bem gente fina, coitado quando nasceu a mãe nem tinha nome para lhe dar. A pobreza às vezes faz isso, mãe adolescente, não era momento de ter filho e ela esqueceu de arrumar um nome. Digo a vocês que não sei explicar como ela criou aquele guri, acho que às vezes era ele que criava ela e sempre que me via, ele me olhava e dizia: um dia eu chego lá.
Hoje é um bom guri, trabalhador, acho que faz bico no porto, chega suado e rápido, traz sempre um agrado pra mãe e ela fica tão sem jeito, coitada, pensa que bijuteria é corrente de ouro e vai pondo uma em cima da outra, não sei de onde arruma tanto pescoço para enfiar. Estes dias o guri me falou que ia identificar a mãe que não tinha documento e trouxe pra ela uma bolsa com tudo dentro, não esqueceu o terço, nem o lenço, nem o patuá e lá estavam os documentos para ela finalmente se identificar.
Agora anda fazendo biscates, trazendo e levando, trocando as coisas, chega cá no morro com cimento, relógio, pneu, um tanto de coisa. A mãe que se desespera porque sabe que a onda de assalto está braba. Mas ele consola a mãe, ela consola ele feito criancinha, pega ele no colo, faz ele dormir e bem cedinho o guri já saiu pra trabalhar.
Mas sabe como é vida no morro, a polícia não pode ver um crescendo que logo cai em cima e caíram em cima do moleque que reagiu falou que não dava propina, não deu outra pegaram a foto do guri e espalharam, com venda nos olhos, porque ele é de menor, iniciais, estas coisas. O guri teve que fugir pro mato e a mãe rí, pois acha os policiais uns tontos e que esta hora o filho está rindo de papo pro ar. Chega que a polícia desiste e o guri volta pra favela. Na volta ele me encontra e vai dizendo: eu te disse que um dia eu chegava lá. Olha aí, mas que guri.
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Sucesso nos estudos!!!