Após a Independência, integramo-nos como
exportadores de produtos primários à divisão internacional do
trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil
especializou-se na produção, com braço escravo importado da
África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte.
Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo
menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente
agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores
cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros
instrumentos de produção que os mais toscos e baratos.
O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para
fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que
fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que
distinguia as classes cultas e “naturalmente” dominantes do
povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os
capitais que permitiam iniciar a construção de uma infra-
estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e
comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional.
In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século
de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.
Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à
estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência
política (1822), é correto afirmar que o país
A se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento
alcançado no período colonial.
B extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e
fundamentou a produção no trabalho livre.
C se tornou dependente da economia européia por realizar
tardiamente sua industrialização em relação a outros
países.
D se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi
introduzido no país sem trazer ganhos para a infra-
estrutura de serviços urbanos.
E teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha,
que investiu capitais em vários setores produtivos.
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Letra C, pois após a independência de 1822 o Brasil permaneceu como agroexportador que era no Brasil colônia e não foi pelo grito de independência ou morte que o Brasil se industrializou rapidamente, até porque não era interessante para a Inglaterra. Mas também não ficamos isentos de processos de urbanização a exemplo Barão de Mauá com os telégrafos e os postes de luz.
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