História, perguntado por bren8da, 1 ano atrás

aponte dois fatores que justificam o pioneirismo de Portugal na expansão marítima
me ajudem!

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Respondido por marry38
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estabilidade interna e externa, formação precoce do estado, posição geográfica e tecnologia marítima avançada(na época), aliança entre o rei e a burguesia, ponto mais que relevante e incentivo por parte da igreja, que queria novos povos como fiéis.
Respondido por majuandrade1
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 A condição interna foi fundamental: em primeiro lugar, a língua portuguesa permitiu a unidade cultural do território. Para além disso, o factor militar é óbvio, com a pacificação geral do mesmo território. Até ao final do século XIV, em cerca de 150 anos, poucas guerras foram travadas. Seguiu-se a paz com Castela, em relação à questão política a nível externo, no início do século XV. A nível interno, a grave questão social e política que assolou o país entre 1383 e 1385, já estava resolvida há quase 30 anos. 

O factor religioso: a necessidade de expansão da influência católica para outros territórios. Aqui, entra uma nova questão para Portugal. Ora, se o território Português já estava definido há tanto tempo, para onde continuar esta expansão ? só havia uma via possível: o mar. O único território por explorar e que não era pertença de ninguém. 

Também a forte tradição nas pescas. É claro que a influência muçulmana a nível técnico também é muito importante. Lisboa era já um importante ponto de navevagação e sobretudo de passagem entre o norte e o sul da Europa. Um entreposto de gente de diversas origens, desde cartógrafos, navegadores, comerciantes, etc. 

Outro factor fundamental é a influência decisiva de uma grande geração política, que Camões mais tarde, no século XVI, iria denominar de "ínclita geração". Os filhos de D. João I e de D. Filipa de Lencastre eram extremamente viajados, tinham um genuíno interesse no saber. 

Relembro que no início do século XV, uma percentagem bastante relativa da população, fruto das suas viagens pela Europa, dos seus contactos comerciais, estava muito interessada em expandir os seus negócios; por isso, não se pode desviar da crescente urgência de uma nova classe social o início da expansão: falo, obviamente, da burguesia. 

Em 1415, todos estes factores estavam conjugados. Uma sociedade bastante completa de interesses fez uma primeira experiência, ao navegar até às costas do norte de África, e conquistando o importante posto comercial de Ceuta. Repare que esta inicial expansão era vista como uma natural expansão das conquistas algarvias: sinónimo de poder, de expansão da cultura e da religião. 

A partir da década de 1420, os interesses científicos e de exploração comercial tornaram-se cada vez mais evidentes, possibilitando que os planos políticos do infante D. Henrique tivessem a sua natural concretização - para oeste e para sul, a fim de chegar à Índia. 

Costuma-se dizer que o enorme Pinhal de Leiria contribuiu também de forma decisiva para a construção das caravelas, e que em Sagres, mais tarde, um grupo significativo de importantes homens das ciências naúticas e cartográficas trabalharam em conjunto, criando inclusive uma escola própria. Esta última ideia tem sido alvo de contestação, porque nunca houve um centro de estudos propriamente ditos, mas um local privilegiado de reunião de vários sábios e navegadores. 

Enquanto Portugal tinha tinha estas formidáveis condições para uma expansão marítima-comercial-científica, a maioria dos restantes países europeus ainda não tinha resolvido as suas disputas internas, que se íriam prolongar ao longo do século XV. O espantoso é que Portugal foi em frente e sem qualquer medo, naquilo a que se pode considerar uma verdadeira consciência nacional de um projecto a longo-prazo. Projecto que seria amplamente bem sucedido.

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