Aponte as ações dos governantes dos Estados Unidos durante a Guerra Fria.
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Foia criação da OEA e do TIAR veja o texto abaixo.
Considerando a liderança e a supremacia militar norte-americana, com a aprovação do Tiar e, posteriormente, com a criação da OEA – Organização dos Estados Americanos, formalizam-se os documentos legais que possibilitam a intervenção dos EUA em qualquer região do continente americano. Devido ao peso econômico, militar e político, os Estados Unidos possuíam, e ainda possuem, força suficiente para garantir a sua hegemonia e, regra geral, impor as suas decisões ao continente. Contudo, em diversos momentos teve que fazer concessões, como veremos à frente.
No imediato pós-guerra, o inimigo não mais era representado pelos antigos regimes autoritários de tendência fascista, mas pelos governos reformistas ou os movimentos sociais que pudessem pressionar por reformas políticas e sociais que implicassem na redução da capacidade de intervenção dos EUA no continente. Assim, iniciou-se a definição de políticas de contenção aos movimentos que pudessem significar alguma ameaça à ordem vigente e, como decorrência, aos interesses das elites norte-americanas. Todavia, é enganoso acreditar que a guinada autoritária no continente tenha sido uma derivação exclusiva do projeto de contenção estadunidense. No Brasil, podemos observar uma pesada influência da grande potência do Norte no processo de democratização ocorrido ao final da II Guerra Mundial e um rápido retorno às raízes autoritárias assim que ficaram evidentes os sinais de que o mundo experimentava um retrocesso democrático. Dessa forma, devemos considerar que o fechamento político ocorrido no Brasil, durante o governo Dutra, possui tanto raízes exógenas quanto endógenas.
Em 1948, na conferência de Bogotá, com a criação da OEA, foram consolidadas as estratégias de defesa hemisférica. A organização serviu para aumentar o domínio dos EUA sobre os países do continente e, ao mesmo tempo, fortalecer a sua hegemonia no chamado Hemisfério Ocidental[8]. De fato, as relações entre os EUA e as outras nações do continente foram bastante intensas durante a Guerra. Os EUA aplicaram cerca de 450 milhões de dólares na região, na forma de lend lease. Desse montante, pouco mais de três quartos foram destinados ao Brasil, o parceiro mais próximo e que teve maior envolvimento no conflito mundial[9]. Assim, como a URSS controlava o Leste Europeu, os EUA pretendiam controlar o continente americano. No entanto, o governo dos EUA pensava o continente como uma espécie de reserva a ser mantida sob estreito controle, mas ao mesmo tempo a negligenciava. Após a Guerra, o centro das atenções da política norte-americana foi a Europa. A insistência dos governantes latino-americanos para a criação de um Plano Marshall para o continente foi ignorada. Durante a realização da Conferência de Bogotá foram anunciados investimentos de 500 milhões de dólares, principalmente para financiar as atividades de importação e exportação[10]. Isso estava muito aquém das demandas regionais[11]. O pacto foi firmado proibindo expressamente, na cláusula número 15, a intervenção de qualquer nação nas questões internas ou externas de outra nação. Essa cláusula, que indicava o receio de ações unilaterais norte-americanas, sofreu objeção por parte dos EUA, mas acabou sendo aprovada[12]. Os receios de uma possível intervenção norte-americana na região já haviam sido expressos na Conferência de Chapultepec, em 1945[13]. Na prática, foram desenvolvidos artifícios e meios para justificar ações que afrontavam o texto do tratado, como se deu nos casos do golpe militar na Guatemala, em 1954, e na invasão da Baía dos Porcos em Cuba, em 1961. Além disso, nas décadas seguintes ocorreram dezenas de operações secretas que desrespeitaram a soberania de nações latino-americanas.
DA UMA REDUMIDA AI, ESPERO TER TE AJUDADO
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Considerando a liderança e a supremacia militar norte-americana, com a aprovação do Tiar e, posteriormente, com a criação da OEA – Organização dos Estados Americanos, formalizam-se os documentos legais que possibilitam a intervenção dos EUA em qualquer região do continente americano. Devido ao peso econômico, militar e político, os Estados Unidos possuíam, e ainda possuem, força suficiente para garantir a sua hegemonia e, regra geral, impor as suas decisões ao continente. Contudo, em diversos momentos teve que fazer concessões, como veremos à frente.
No imediato pós-guerra, o inimigo não mais era representado pelos antigos regimes autoritários de tendência fascista, mas pelos governos reformistas ou os movimentos sociais que pudessem pressionar por reformas políticas e sociais que implicassem na redução da capacidade de intervenção dos EUA no continente. Assim, iniciou-se a definição de políticas de contenção aos movimentos que pudessem significar alguma ameaça à ordem vigente e, como decorrência, aos interesses das elites norte-americanas. Todavia, é enganoso acreditar que a guinada autoritária no continente tenha sido uma derivação exclusiva do projeto de contenção estadunidense. No Brasil, podemos observar uma pesada influência da grande potência do Norte no processo de democratização ocorrido ao final da II Guerra Mundial e um rápido retorno às raízes autoritárias assim que ficaram evidentes os sinais de que o mundo experimentava um retrocesso democrático. Dessa forma, devemos considerar que o fechamento político ocorrido no Brasil, durante o governo Dutra, possui tanto raízes exógenas quanto endógenas.
Em 1948, na conferência de Bogotá, com a criação da OEA, foram consolidadas as estratégias de defesa hemisférica. A organização serviu para aumentar o domínio dos EUA sobre os países do continente e, ao mesmo tempo, fortalecer a sua hegemonia no chamado Hemisfério Ocidental[8]. De fato, as relações entre os EUA e as outras nações do continente foram bastante intensas durante a Guerra. Os EUA aplicaram cerca de 450 milhões de dólares na região, na forma de lend lease. Desse montante, pouco mais de três quartos foram destinados ao Brasil, o parceiro mais próximo e que teve maior envolvimento no conflito mundial[9]. Assim, como a URSS controlava o Leste Europeu, os EUA pretendiam controlar o continente americano. No entanto, o governo dos EUA pensava o continente como uma espécie de reserva a ser mantida sob estreito controle, mas ao mesmo tempo a negligenciava. Após a Guerra, o centro das atenções da política norte-americana foi a Europa. A insistência dos governantes latino-americanos para a criação de um Plano Marshall para o continente foi ignorada. Durante a realização da Conferência de Bogotá foram anunciados investimentos de 500 milhões de dólares, principalmente para financiar as atividades de importação e exportação[10]. Isso estava muito aquém das demandas regionais[11]. O pacto foi firmado proibindo expressamente, na cláusula número 15, a intervenção de qualquer nação nas questões internas ou externas de outra nação. Essa cláusula, que indicava o receio de ações unilaterais norte-americanas, sofreu objeção por parte dos EUA, mas acabou sendo aprovada[12]. Os receios de uma possível intervenção norte-americana na região já haviam sido expressos na Conferência de Chapultepec, em 1945[13]. Na prática, foram desenvolvidos artifícios e meios para justificar ações que afrontavam o texto do tratado, como se deu nos casos do golpe militar na Guatemala, em 1954, e na invasão da Baía dos Porcos em Cuba, em 1961. Além disso, nas décadas seguintes ocorreram dezenas de operações secretas que desrespeitaram a soberania de nações latino-americanas.
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