Sociologia, perguntado por pjamily20115, 6 meses atrás

Apesar de sermos todos iguais perante a lei, há profundas desigualdades socioeconômicas entre

os membros da sociedade brasileira, e uma delas está relacionada à desigualdade racial. A história do

nosso povo foi construída tendo como um dos seus pilares o racismo e a cruel escravidão que teve início

em 1542.

Durante o período de 1940 a 1950 ocorreu uma expansão nos estudos sobre a questão racial no

país, onde a sociologia foi muito importante para o entendimento desse campo.

No início da década de 1950, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura (Unesco) patrocinou um conjunto de pesquisas sobre as relações raciais no Brasil. A origem

deste projeto estava associada à agenda anti-racista formulada pela Unesco no final dos anos 1940 sob o

impacto do racismo e da Segunda Guerra Mundial.

O objetivo do projeto era “determinar os fatores econômicos, sociais, políticos, culturais e

psicológicos favoráveis ou desfavoráveis à existência de relações harmoniosas entre raças e grupos

étnicos”. Entre os diversos locais de pesquisa estava obviamente a Bahia, onde existia uma longa

tradição de estudos sobre o negro, e a cidade de Salvador, que apresentava forte presença e influência da

cultura africana. O projeto Unesco produziu um amplo inventário sobre o preconceito e a discriminação

racial no Brasil que evidenciou uma forte correlação entre cor ou raça e status socioeconômico.

A questão racial esteve presente na década de 1950 não só como tema de investigação

patrocinada pelas Nações Unidas. Era uma questão política e existencial para intelectuais negros que se

organizavam no período.

Um importante intelectual negro, o sociólogo Guerreiro Ramos, analisou a questão racial no

artigo “Contatos raciais no Brasil”, publicado em 1948. Segundo Guerreiro Ramos, a questão do negro

não é uniforme no Brasil, há diferenças regionais e de classe; o preconceito de cor não equivale ao

preconceito racial; o homem de cor assimila os padrões da cultura dominante e se vê segundo os padrões

dos brancos; há ressentimento do homem de cor de posições mais baixas contra homens de cor de

posição mais elevada.

Guerreiro Ramos defende a necessidade da elaboração de uma consciência sociológica da

situação do homem de cor. As relações raciais devem ser tratadas como um aspecto da sociologia

nacional.

O problema do negro, diz ele, só existe se pensarmos que a sociedade deveria ser de brancos. O

negro é ingrediente normal da população brasileira. O negro é povo e não é componente estranho de

nossa demografia. Ao contrário, é a sua mais importante matriz demográfica.

EXERCÍCIOS

1- O que marcou o início da década de 1950?

2- Segundo Guerreiro Ramos como se dá a questão do negro no Brasil?


me ajudem pfv​

Soluções para a tarefa

Respondido por rcamily60
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1 Esse período foi marcado por importantes conflitos políticos, como a Guerra Fria, além de inúmeros avanços tecnológicos, comunicacionais e, principalmente, científicos. Foi durante os anos 50 que aconteceu a corrida espacial entre os EUA e a URSS, que resultou na chegada ao homem na lua pela primeira vez

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Guerreiro Ramos defende a necessidade da elaboração de uma consciência sociológica da

situação do homem de cor. As relações raciais devem ser tratadas como um aspecto da sociologia

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