Filosofia, perguntado por novakoskielien, 5 meses atrás

Apesar de possuirmos a capacidade racional de estipularmos uma moral válida universalmente, por qual motivo, muitas vezes, realizamos atos contrários a esse dever e contrários à razão? Disserte sobre esse tema.​

Soluções para a tarefa

Respondido por guiwitt2
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Resposta:No entanto, Kant distingue conceitos de ideias. Estas são, por excelência, objeto da Razão Pura, já que não podem ser conhecidas (não há fenômenos das ideias). A Razão é a faculdade do incondicionado e seu limite para conhecer é o fenômeno. Logo, sem função na área do conhecimento, a Razão pensa objetos, ainda que não possam ser conhecidos. Para Kant, a Razão não constitui objetos, mas tem uma função reguladora das ações humanas. As principais ideias listadas por Kant são as de Deus, de Alma e de Mundo como totalidade metafísica, isto é, como um todo.

A ideia psicológica ou de Alma vem da tradição que acredita que somos seres não somente materiais, mas dotados de uma entidade metafísica, a alma, pertencente ao reino dos fins e não das coisas. A alma não pode ser conhecida (pois não se tem fenômeno), mas as aflições, angústias, as escolhas, enfim, o drama humano, fazem crer que há uma alma e que é nela que devemos buscar princípios que forneçam leis para regular as ações entre os homens. O homem é livre, por isso não pode ser conhecido (tal como o modelo hipotético-dedutivo), mas somente apreciado em suas ações exteriorizadas. Portanto, o estudo da alma diz respeito à Ética e não à psicologia, pois esta é impossível,

Dessa forma, é possível pensar em como uma ética pode ser universal sem cair no empirismo ou num dogmatismo exagerado. Conforme Kant, deve-se usar a mesma solução da ciência: os juízos sintéticos a priori. Nesse caso, seria necessário um esquema que auxiliasse na construção de leis válidas universalmente. São elas:

- Máxima: a máxima moral é a pergunta que um ser consciente deve se fazer para saber se deve ou não agir de uma forma e não de outra. Ex.: “Posso, em uma dificuldade, roubar?”.

- Lei: a lei é a constatação do interesse egoísta, visto que a contradição expressa na máxima deverá sair do particular para o universal. A lei é a expressão do interesse universal, evidenciando que é possível pensar em leis racionais válidas universalmente. Ex.: “Nenhum ladrão, por mais que roube, aceita ser roubado”.

- Ação: após este exercício de consciência, o agente moral age segundo a escolha que fizer. Para ser uma escolha moral, a ação deve ser conforme a lei, isto é, conforme o dever. No entanto, Kant entende que é possível agir somente por dever, isto é, obedecer à lei a contragosto, forçado ou constrangido. Ainda assim, a ação é moral. Essa distinção é importante, justamente para mostrar que a lei, sendo racional, deve ter força para obrigar os indivíduos a obedecê-la, sem o que nenhuma convivência seria possível. É o fundamento da organização social, que começa nos hábitos, costumes e cultura de um povo, mas deve passar pelo crivo da reflexão crítica do ser racional e consciente.

Explicação:

Respondido por AnthonioJorge
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A noção de que estipulamos, pela nossa própria capacidade racional, uma moral válida universalmente, é uma noção tipicamente kantiana, que nasce em seu famoso livro "Crítica da Razão Prática".

Kant afirma que se deve elevar a máxima subjetiva ao nível da universalidade, onde ficamos em condições de reconhecer se ela é moral ou não: olha as tuas ações pela ótica do universal e compreenderás se são ações moralmente boas ou não. A ética kantiana é autônoma, não heterônoma: é ditada pela própria consciência moral, não por uma instancia alheia ao eu.

É um refinado, complexo e engenhoso modo de expressar o principio do Evangelho: “Não faças aos outros aquilo que não queres que seja feito a ti”. Kant é o transformador da religião em moral. Essa ênfase no lado moral também revela muito a influência do protestantismo, ainda que essa inclinação protestante nunca tenha sido doutrinal. Com Kant, porém, essa ênfase se torna explícita – a religião só pode ser assim, porque, de acordo com ele, só existem dois tipos de conhecimento; pelos sentidos e pela razão.

Um dos problemas com esta noção de Kant é que a ciência válida passa a ser aquela que convence igualmente a todos os homens. Buscando um fundamento científico para a ética, o critério da validade moral de um ato passa a ser a sua universalidade, ou seja: no lugar do conceito da realidade como principio aferidor da veracidade ou falsidade das nossas ideias, coloca-se a ideia de humanidade. A universalidade das estruturas do pensamento humano torna-se agora o verdadeiro critério.

Assim, tentando colocar o homem em contato com a realidade que ele achava possível (o mundo fenômenico), Kant, dividindo a realidade entre sujeito cognoscente e objeto cognoscível, acaba por impedir o acesso do homem à realidade (à coisa em si) e por tratar o problema ético de um ponto reducionista, ou seja: exclui-se a sutil metafísica, a complexidade da vontade e o problema do mal e do bem, tão bem tratados por autores antigos como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.

Contra tais universalismo estéreis que filósofos como Nietzsche se erguerão.

Para saber mais: https://brainly.com.br/tarefa/25250500

Anexos:

lallahashahashalee: Volte para a aula de gramática, em seguida aprenda a fazer seus próprios resumos.
BlackVerlin: F0dase v4dia passa o resumo...
amdreyalex1213: kakakakakakakkw q audazia KakakAk
Kauabrandesj: kakakaak
Kauabrandesj: Mds kakakakakaka
Katharinepiercekkkkk: resumo?
Katharinepiercekkkkk: quando pesquisamos queremos respostas menores
lallahashahashalee: Vocês não estão pesquisando, quem pesquisa quer saber de algo. Vocês querem resposta pronta, o cara já respondeu vocês, já fez o que é para ser feito. Falta vocês tomarem vergonha e fazer seu próprio trabalho, não é difícil. :)
Felp31: vai se fud3r tu ta no brainly nao no colegio,se tu ta aqui tu tbm pesquisa as resposta vag4ba
lallahashahashalee: Tenha um bom dia! Espero que no Enem você se lembre disso ;)
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