Apesar de 4 bilhões de pessoas viverem na pobreza, entre os seis bilhões de habitantes da Terra, as
pessoas simples continuam a acreditar num futuro melhor. Não importa se esse sentimento brota da emoção, da fé
ou da esperança. O importante é ressaltar que a crise de uma concepção científica do mundo abre, agora, a
perspectiva de que os caminhos da história não sejam apenas aqueles previstos pelas largas avenidas das
ideologias modernas.
Os atalhos são, hoje, as vias principais, como o demonstram o Fórum Social de Porto Alegre e a força das
mobilizações contra o atual modelo de globalização. Assim como o aparente perfil caótico da natureza ganha um
sentido evolutivo e coerente na esfera biológica, do mesmo modo haveria um nível – que o Evangelho denomina
amor – em que as relações humanas tomam a direção da esperança. É verdade que, com o Muro de Berlim, ruiu
quase tudo aquilo que sinalizava um futuro sem opressores e oprimidos. Agora as leis do mercado importam mais do
que as leis da ética.
Mas, e a pobreza de 2/3 da humanidade? O que significa falar em liberdades quando não se tem acesso a
um prato de comida? Esta é a grande contradição da atual conjuntura: nunca houve tanta liberdade para tantos
famintos! Mesmo os povos que no decorrer das últimas décadas não conheceram a pobreza e o desemprego agora
se deparam com esses flagelos, como ocorre nos países do leste europeu. A ironia é que, hoje, aqueles povos são
livres para escolher seus governantes, podem circular por suas fronteiras e manifestar suas discordâncias em
público. Mas lhes é negado o direito de escolher um sistema social que não assegure a reprodução do capital
privado.
3) No texto, só não há correspondência entre:
a) esse sentimento e crença num futuro melhor
b) atalhos e Fórum e força das mobilizações
c) aparente perfil caótico e sentido evolutivo
d) Muro de Berlim e opressores e oprimidos
e) seus governantes e lhes
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