Aos 65 anos, Krenak tem voz firme, cabelos muito pretos e bolsas sob os olhos bem pronunciadas. Ainda hoje, é lembrado pelo movimento indígena como um de seus líderes de maior expressão. Há 31 anos, dirigiu-se à Assembleia Nacional Constituinte em um discurso sobre direitos indígenas que ganharia o mundo: “O povo indígena tem regado com sangue cada hectare dos 8 milhões de quilômetros quadrados que compõem o Brasil. Os senhores são testemunhas disso”, disse na ocasião, numa voz monocórdia, sem nunca desviar o olhar da plateia. Vestia um terno branco que tomara emprestado de um amigo minutos antes de subir à tribuna e, enquanto falava, cobria aos poucos o rosto com pasta de jenipapo — uma substância escura, usada por seu povo em momentos de luto. Ailton Krenak é uma das lideranças indígena brasileiras mais conhecida no país e no mundo. Sua postura incisiva pela defesa dos povos originários e comum a outras lideranças latinas nativas. Em relação as populações originárias, verifica-se a-) uma postura de submissão e aceitação da cultura europeia colonizadora sob suas tradições e cultura. b-) a preocupação latente com as heranças do colonialismo europeu, visando a defesa do território, a preservação da identidade e ao combate a violência contra os povos indígenas. c-) um pacto com os governos federais e estaduais, com direito a participação em decisões políticas em prol dos grupos étnicos. d-) uma estagnação temporária nas lutas por direitos, e pelo respeito a diferença e no desejo de justiça, visto que existe um acordo com latifundiários em troca de terras.
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C)
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