Ao longo dos primeiros duzentos anos de dominação colonial [na América], os espanhóis desenvolveram um setor mineiro que permitiu a manutenção da economia metropolitana e da posição internacional espanhola em meio às demais nações da Europa ocidental. (...) Os enclaves [mineradores] necessitavam de grande quantidade de mão de obra indígena que, recrutada por sorteio, era encaminhada periodicamente às minas, retornando a seguir às comunidades de origem para ser substituída por novos contingentes requisitados de igual maneira. Os horrores desse tipo de mão de obra forçada (mitas) constituem uma vasta literatura de exploração. As operações do setor necessitavam, naturalmente, de muito mais que simples mão de obra. Os trabalhadores precisavam de alojamentos, armazéns, igrejas e tavernas. Por seu turno, as minas precisavam de escoras para os poços, de alvenaria, de cabrestantes, de escadas e de grande quantidade de couro. Necessitava-se, igualmente, de mulas e cavalos, nas cidades e nas minas, para transporte das barras para os locais de cunhagem e portos de exportação, para o transporte dos produtos das plantações e das estâncias e para o carregamento das mercadorias europeias que aportavam ao litoral e que eram requisitadas pelos centros de mineração (utensílios de ferro e aço, artigos de luxo e, acima de tudo, o mercúrio, utilizado na amalgamação da prata a partir dos minérios brutos). A mineração criou, igualmente, um mercado interno voltado para o consumo da produção colonial de têxteis e algodão elaborados por artesãos individuais. [...] A orientação exportadora [...] foi o produto dos dois primeiros séculos do colonialismo espanhol e da forte expansão da mineração no altiplano e nos Andes centrais, regiões que até então abrigavam culturas avançadas, detentoras de tecnologia agrícola e densidade populacional. Foi exatamente nessas regiões que os espanhóis abriram as minas e criaram os subsetores vinculados aos núcleos mineiros e às grandes propriedades fundiárias dedicadas à lavoura e à pecuária. Foram, em verdade, o excedente agrícola, as habilidades e a mão de obra indígena que asseguraram o sucesso da empresa mineira espanhola. [...] O sucesso da empresa literalmente dizimou a população indígena e destruiu as estruturas agrárias anteriores à conquista. [...]
a) Explique a importância das colônias americanas para a manutenção econômica do Reino espanhol.
b) Descreva a infraestrutura necessária para o sustento da atividade mineradora colonial.
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Olá,
a) Um dos princípios que regia os grandes estados nacionais no século XV na Europa era o mercantilismo. Uma de suas diretivas era que uma grande nação tinha que ter uma boa reserva de metais, para conseguir cunhar suas moedas. Por isso, as colônias foram essenciais para o império espanhol conseguir ter metais.
b) Era necessário que a Coroa estabelecesse um sistema de extração, pesagem e exportação dos metais para a Espanha. Este processo também criou um mercado interno.
Bons estudos!
a) Um dos princípios que regia os grandes estados nacionais no século XV na Europa era o mercantilismo. Uma de suas diretivas era que uma grande nação tinha que ter uma boa reserva de metais, para conseguir cunhar suas moedas. Por isso, as colônias foram essenciais para o império espanhol conseguir ter metais.
b) Era necessário que a Coroa estabelecesse um sistema de extração, pesagem e exportação dos metais para a Espanha. Este processo também criou um mercado interno.
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