ao longo de duas décadas sucederam-se sublevações e confrontos nas diferentes colônias.esses conflitos podem agrupados em duas etapas comenta cada uma delas
Soluções para a tarefa
Resposta:No início do século XIX, quase todas as colônias espanholas na América se tornaram independentes, e a Espanha deixou de ser potência mundial. As novas repúblicas mantiveram, porém, dependência econômica em relação aos países ocidentais.
Enquanto o Brasil trilhava um caminho de independência com a família real de Bragança, a América Espanhola realizava sua emancipação política por meio de movimentos militares, proclamações de república e participação de milhares de homens do povo.
As causas da independência
Seguindo o exemplo dos Estados Unidos, entre 1810 e 1825 teve início o processo de independência da maioria das colônias espanholas na América.
As causas foram as seguintes:
A difícil situação criada na Espanha pela invasão francesa por Napoleão Bonaparte, que resultou na ruptura do contato direto com a América, e o vazio de poder criado pela detenção dos reis espanhóis na França.
O descontentamento dos criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América), que não podiam exercer cargos políticos e eram contra a manutenção do monopólio comercial. Os povos indígenas viviam uma forte tensão social, sendo muito explorados pelos não-indígenas. A independência foi, sobretudo, uma espécie de rebelião das colônias contra a metrópole.
A influência das ideias iluministas e os exemplos bem-sucedidos da independência norte-americana e da Revolução Francesa, assim como a ajuda da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, países interessados em afastar a Espanha do comércio americano.
O processo de independência
Ao longo de duas décadas sucederam-se sublevações e confrontos nas diferentes colônias. Esses conflitos podem ser agrupados em duas etapas. Na etapa inicial, as forças metropolitanas praticamente retomaram os territórios declarados independentes. No segundo momento, concretizaram-se as independências.
Primeira etapa (1810-1816)
No México eclodiram sucessivas revoltas populares lideradas pelos padres Hidalgo e Morelos, as quais foram rapidamente reprimidas. Veja: Independência do México.
Na Venezuela, o Congresso Geral de Caracas proclamou a independência em 1811; Miranda e Simón Bolívar, líderes dessas revoltas, foram derrotados, e os espanhóis voltaram a dominar o território.
Na Argentina, após a deposição do vice-rei, uma junta subiu ao poder até que se declarasse a independência no Congresso de Tucumán, em 1816.
No Chile e, na Colômbia, os levantes foram reprimidos; no caso chileno, pelas tropas leais ao vice-rei Abascal e, na Colômbia, pela atuação das tropas do general Morillo.
O Paraguai, sob a chefia de Gaspar de Francia, constituiu uma junta governativa, assumiu o poder em 1811, e declarou a independência em 1813.
Retrato de Simon Bolívar.
Simon Bolívar participou ativamente das independências da Colômbia, Venezuela e Equador. Era defensor de uma unidade de todo espaço colonial espanhol por meio da criação de um gigantesco Estado.
Segunda etapa (1816-1825)
No México, o padre Hidalgo foi preso e fuzilado em 1811, sendo substituído pelo padre José Maria Morellos, que assume a liderança do movimento e proclama a independência do México em 1821.
Os rebeldes chilenos declararam a independência após as vitórias de San Martin em Chacabuco (1817) e em Maipu (1818). A Colômbia tomou-se independente depois da vitória de Bolívar em Boiacá (1819).
Da vitória no Chile, José de San Martin dirigiu-se para o Peru, centro da resistência metropolitana, acompanhado pelo lorde inglês Cochrane, libertando-o em 1821.
Bolívar e San Martin conseguiram maior coordenação nas ações, sobretudo em Guaiaquil, no Equador, e uma atuação militar decisiva, que culminou nas vitórias de Carabobo (1821) e Aiacucho (1824). Ambas asseguraram a independência da Venezuela e da Bolívia (esta última, em 1825).
Na mesma época, aconteceu também a independência do Brasil (1822), que foi resultado de outro processo histórico.
Retrato de José Francisco de San Martín.
José Francisco de San Martin foi o chefe militar que comandou operações de guerra contra os chapetones e outras forças espanholas na Argentina, no Peru e no Chile. Suas campanhas militares foram fundamentais para a proclamação da independência desses países.
Entretanto, a independência das colônias espanholas não beneficiou os diversos setores da sociedade – houve contradições internas e fortes divergências entre os grupos (criollos, mestiços, ameríndios e oficiais do exército), dentre os quais os criollos foram os maiores privilegiados. A Grã-Bretanha e os Estados Unidos buscaram obter o controle econômico e político do continente latino-americano.