História, perguntado por vaca12345, 3 meses atrás

Ao longo da Baixa Idade Média, a Igreja (com o papa à frente) e o Estado (com o imperador ou rei à frente) mantiveram relações conflituosas como, por exemplo, durante a chamada Querela das Investiduras, nos séculos XI e XII, e a transferência do papado para Avignon, no sul da França, no século XIV. Sobre essa disputa, indique os motivos, sua importância ou significação histórica​

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Respondido por vicenzotognetta
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O autoridade do bispado de Roma sobre a cristandade ocidental começou a ser reconhecida com Teodosio, imperador que oficializou o cristianismo como religião no Império Romano. Embora a distinção entre poder temporal e poder espiritual fosse clara no séc. V, os dois poderes se confundiam devido às interferências da igreja nos assuntos dos reis, além do religioso. Com isso, a igreja católica tornou-se a instituição de maior poder temporal ao longo da Idade Média, conseqüentemente muitos reis passaram a reagir a esse poder e passaram

a intervir efetivamente nos assuntos religiosos (Cesaropapismo). A intervenção do Estado trouxe conseqüências negativas para a igreja, como por exemplo a corrupção do alto clero frente ao poder político; os bispos deixaram de praticar as regras religiosas, influenciando negativamente os membros do baixo clero. Este relaxamento dos costumes do clero recebeu o nome de nicolaísmo. A "Querela das Investiduras" foi motivada principalmente por essas disputas políticas e de costumes entre o Imperador Henrique IV (Sacro Império Romano Germânico), Felipe, o Belo (França) e o Papado Romano.

A conseqüência direta da "Querela das Investiduras" foi a concordata de Worms (1122), que separou o poder espiritual (Igreja) do poder temporal (Imperadores), limitando este poder ao Papa. A transferência da sede da Igreja para Avignon foi responsável pelo Cisma do Ocidente, ou seja, a existência de dois centros de poder cristão - um em Roma outro no Sul da França. Esse Cisma foi responsável pelo enfraquecimento do poder temporal da Igreja em relação às monarquias nacionais.
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