História, perguntado por jamersonpinheiro, 1 ano atrás

Ao final da década de 60,do século XIX,milhares de família nordestina deixaram sua terra natal em busca do "ouro negro" na Amazônia.Descreva as condições de viagem em que os nordestinos chegavam a Amazônia.

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Respondido por minegamercostaBAMBAM
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A migração induzida é parte constitutiva e persistente das estratégias do Estado brasileiro no processo de ocupação da Amazônia e, particularmente, do Acre. Contudo, a concentração paulatina dos meios de produção -sobretudo da terra e à parte, os movimentos locais de resistência -engendrou o deslocamentode alguns grupos para além da fronteira brasileira. Estes passaram a ocupar o lado boliviano da fronteira como forma alternativa, porém precária, de manter a sobrevivência econômica sem perder os laços sociais que os vinculam, ainda, ao lado acreano. Contudo, atravessar a fronteira do Acre com a Bolívia não foi a mais dolorosa vivência de tais grupos, em termos de sua afirmação identitária no modo de vida extrativista, uma vez que os mesmos estão confrontados com um desafio ainda maior, que é a sua expulsão da fronteira como política de segurança nacional e afirmação de soberania da parte da Bolívia.Com prazo para deixarem o local, isto é, desterritorializarem-secompulsoriamente, tais grupos veem sua nacionalidade como fator restritivo à produção do lugar no território boliviano, sem que seja um fator favorável à sua reinserção no lado brasileiro e, mais especificamente, no interior acreano.Diante de tal contexto, oobjetivo desse trabalho foi uma investigação sociológica sobre as trajetórias, e os subsequentes processos de vulnerabilização sócio-espacial, vivenciados pelos camponeses brasileiros que atualmente ocupam áreas na faixa de fronteira boliviana, limítrofe com o Estado do Acre. Com esse intento, foi realizada uma pesquisa sociológica, de base qualitativa, tendo como procedimentos a revisão bibliográfica sobre as políticas de ocupação da Amazônia,estudos em torno dos registros oficiais de órgãos multilaterais e instituições brasileiras envolvidas com a temática, entrevistas semiestruturas e foto-documentação. Dos resultados obtidos, foramrealizadosrecortestemporais tendo como basetrês subsequentes movimentos migratórios: do Nordeste brasileiro à Amazônia(Trajetória 1), do Acre para a Bolívia(Trajetória 2), e do retorno dos camponeses ao Brasil(Trajetória 3). Entre as conclusões mais importantesestão a identificação de regimes regulares que incidiram nos processos de desterritorialização do grupo, como a falta de legitimidade do direito à posse da terra pelos camponeses, e outros traços particulares, como a degradação identitária decorrente das tensões vividas no contexto boliviano, do qual estão sendo expulsos.
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