ao escrever o livro A ética protestamente e o espírito de capitalismo:
a) qual foi o principal objetivo de Max Weber?
b) que uso ele faz da História?
Soluções para a tarefa
Resposta:
a.) Weber ao se debruçar sobre o objeto de estudo (a ética protestante) buscou compreender como essa ética propiciou condições para que o capitalismo (o seu espírito) viesse a se desenvolver em países protestantes.
Essa “ética” moderna ou código de valores não se parecia com nada do que havia antes. Weber supôs que todas as éticas anteriores – isto é, códigos socialmente aceitos de comportamento em vez das proposições mais abstratas feitas por teólogos e filósofos – eram religiosas. As religiões forneciam mensagens claras sobre como se comportar em sociedade em termos humanos diretos, mensagens que eram tomadas como princípios da moral compartilhados por todas as pessoas.
b.)A preocupação central de Weber é o estudo das adegliaçõe3 de sentido entre as diferentes esferas do real. Como para êle a única ciência válida é a que estabelece liames de causalidade, seu foco de análise recairá, necessàriamente, na especificidade de cada fenômeno; não busca êle o saber universal, o estabelecimento de leis gerais, mas a compreensão de determinados fenômenos históricos, para êle tidos como significativos. Busca semente a compreensão dos fenômenos históricos porque, para êle, é impossível conhecer-se o objeto tal como realmente é, e de determinados fenômenos históricos significativos porque a curiosidade científica é determinada pelos valores válidos para o sujeito que conhece . Para Weber, então, são os valores dominantes na cultura e na época do investigador que determinam a seleção do objeto, ao conferir-lhe significação. Se é assim, como é possível atingirmos uma objetividade, condição essencial para que uma ciência se constitua como tal? Aqui entra o problema da seleção pelos valores. Uma pesquisa que visa alcançar á adeqüação de sentido (causalidade) entre esferas do real restringe-se semente a certas partes dêste, isto é, destaca da realidade determinados fenômenos que lhe interessam. Temos pois, como inerente ao método científico, a seleção de aspectos significativos (e portanto parciais) do todo de um fenômeno histórico. Perguntaríamos então: a escôlha de um determinado prisma de análise já não determina o resultado a que se chegará? Segundo Weber, não . Para êle é natural que os historiadores se liguem a aspectos diferentes das coisas, que êles destaquem um objeto da realidade difusa segundo seus valores . Essa liberdade de escôlha de um prisma de análise, porém, não é anarquia, pois uma vez que ela (liberdade) fêz sua escôlha, ela se submete ao real. Assim, quando o objeto histórico é determinado, não somos mais livres no estabelecimento de liames de causalidade, nem na escôlha da matéria, tão necessária a partir de um certo valor . A relação aos valores é o meio de submeter uma realidade cultural a um estudo objetivo.