Antigamente, quem eram e quais as características dos "Capoeiras " em Salvador na Bahia?
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Resposta:
mandinga é consagrada como uma característica essencial da
capoeira. Em Salvador, desde o final do século XIX, a palavra
“mandinga” era usada como sinônimo de capoeira. Considerada uma
das principais armas de defesa e ataque dos seus praticantes, ela pode ser
observada no jeito de corpo do jogador, nas suas expressões faciais, nos
golpes aplicados, e pode ser celebrada ou invocada em muitas músicas
cantadas nas rodas.1
Atualmente, o bom capoeira é o indivíduo mandingueiro
que sabe disfarçar, enganar o adversário, que ganha o jogo pela esperteza,
pela “arte da falsidade”, do fingimento.
A
Nesse sentido, mandinga aparece como um tipo de jogo cujo
objetivo principal é ludibriar o contendor por meio da astúcia. Porém, no
mundo da capoeiragem, o termo “mandinga” também se refere aos poderes
mágicos atribuídos a alguns capoeiras, que em geral trazem pendurados no
pescoço patuás ou talismãs, chamados, no período colonial, de “bolsas de
mandinga” ou simplesmente “mandinga” – que em certos contextos
significava feitiçaria. Dessa maneira, o corpo do jogador estava protegido de
todos os perigos e se tornava invencível em qualquer roda de capoeira. Ora,
originalmente, a palavra “mandinga”, ou melhor, “mandingo”, como aqui
ficaram conhecidos os malinquês, designava um povo africano islamizado
oriundo da África Ocidental.2
Segundo Bastide, os malinquês eram famosos
por serem grandes feiticeiros e mágicos.3
Não foi à toa que o termo
“mandinga” acabou se popularizando como sinônimo de feitiço.
No tempo da escravidão, mandinga ou feitiço eram as práticas
mágicas dos africanos e seus descendentes, em especial os preparos de ervas
e venenos usados pelos negros para matar seus senhores.
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