Antigamente, as crianças conversavam fisicamente com seus amigos. Aquelas horas passadas no telefone da família ou na companhia de amigos do bairro desapareceram muito tempo atrás. Hoje, porém, até mesmo trocar ideias por celular ou e-mail está ultrapassado. Para os adolescentes e pré-adolescentes atuais, a amizade parecesse desenrolar cada vez mais por meio de minitextos, SMSs ou nos fóruns muito públicos de Facebook ou MySpace. Boa parte das preocupações com esse uso da tecnologia tem sido voltada, até agora, a suas implicações no desenvolvimento intelectual das crianças. Mas especialistas começam a estudar um fenômeno profundo: a possibilidade de a tecnologia estar mudando a própria natureza das amizades das crianças “De modo geral, os temores suscitados pelo ciberbullying e o sexting (troca de mensagens com textos e imagens de teor sexual) têm ocupado o primeiro plano, deixando em segundo plano um olhar sobre coisas realmente nuançadas, como a maneira como a tecnologia está afetando o caráter de proximidade da amizade”, disse Jeffrey G. Parker, professor-associado de psicologia na Universidade do Alabama, que estuda as amizades infantis desde a década de 1980. “Estamos apenas começando a analisar essas modificações sutis”. A dúvida é se todo esse envio de mensagens e a participação em redes sociais online permite aos adolescentes e crianças ficar mais em contato com seus amigos e lhe dar mais apoio --- ou se a qualidade de suas interações está sendo prejudicada pela ausência de intimidade e da troca emocional dadas pelo tempo passado fisicamente juntos. Ainda é muito cedo para saber a resposta. Escrevendo no periódico “The Future of Children”, Kaveri Subrahmanyam e Patrícia M. Greenfield, psicólogos, [...] observaram: “Evidências qualitativas iniciais indicam que a facilidade das comunicações eletrônicas pode estar fazendo os `teens` terem menos interesse em comunicação cara a cara com seus amigos. São necessárias mais pesquisas para avaliar até que ponto esse fenômeno está presente e quais seus efeitos sobre a qualidade emocional de um relacionamento”. Mas a questão é importante, acreditam estudiosos, porque as amizades infantis estreitas ajudam as crianças a ganhar a confiança em pessoas de fora de seu círculo familiar e a deitar as bases para relacionamentos adultos saudáveis. “Não podemos deixar que os relacionamentos bons e estreitos desapareçam. Eles são essenciais para permitir que as crianças brinquem com suas emoções, expressem suas emoções --- todas as funções de apoio que acompanham os relacionamentos adultos”, disse Parker. O que veem muitos profissionais que trabalham com crianças são intercâmbios mais superficiais e mais públicos eu no passado. Um dos receios é que a criança e os adolescentes de hoje possam estar deixando de viver experiências que ajudam a desenvolver empatia, compreender nuances emocionais e interpretar indicações como as expressões faciais e a linguagem corporal. Com as obsessões tecnológicas das crianças começando em idade cada vez mais precoce, é possível que seus cérebros acabem sofrendo modificações e que essas habilidades se enfraqueçam mais, pensam alguns pesquisadores. Mas outros estudiosos da amizade argumentam que a tecnologia está aproximando as crianças mais do que nunca. Elizabeth Hartley-Brewer, autora do livro “Making Friends: A Guide to Undestanding and Nurturing Your Child´s Friendships”, [...] acredita que a tecnologia permite a adolescentes e crianças ficar conectados com seus amigos 24 horas por dia[...] [...] Para algumas crianças ou adolescentes, a tecnologia é um instrumento que facilita uma vida social ativa. Hannah Kliot, 15, [...] diz que usa o SMS para fazer planos e para transmitir que coisas que acha engraçadas ou interessantes. Mas também o uso para saber como estão suas amigas que podem estar chateadas com alguma coisa --- e, nesses casos, procura conversar realmente com elas. “Mas acho que a nova forma de conversar com uma pessoa é o bate-papo por vídeo, no qual você realmente vê a outra pessoa”, disse. “Já dei telefonemas, mas telefonar é considerado antiquado”. (Folha de São Paulo, 10/5/2010.) Qual é a reação do leitor comum diante de um texto como esse? Justifique apresentando sua opinião. ALGUÉM AJUDA RÁPIDO PFV, TO FAZENDO PROVA E SÓ TENHO ATÉ MEIO DIA, E A PROVA TÁ GIGANTE PRA UM CARAI
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A reação do leitor comum é que ao mesmo tempo que a tecnologia é benéfica para aproximar os jovens, ela pode ser prejudicial a saúde mental do jovem. Na minha opinião a tecnologia é benéfica, mas ela precisa de controle, pois diferente da época de nossos pais e avós, muitas pessoas se escondem atrás de perfis falsos com o objetivo de denigrir a imagem de uma criança, por meio do cyberbullying ou por ameaças.
marceloarcanjo517:
obgg, mas eu já consegui responder kk
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