Filosofia, perguntado por thifanylavina0, 10 meses atrás

antes de ter seu apageu na Grécia antiga a filosofia já transpassava por outras culturas de que forma​

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Respondido por millenamariamimi
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Resposta:

Explicação:

A Filosofia, como conhecemos hoje, ou seja, no sentido de um conhecimento racional e sistemático, foi uma atividade que, segundo se defende na história da filosofia, iniciou na Grécia Antiga formada por um conjunto de cidades-Estado (pólis) independentes. Isso significa que a sociedade grega reunia características favoráveis a essa forma de expressão pautada por uma investigação racional. Essas características eram: poesia, religião e condições sociopolíticas.

Costuma-se dividir a Filosofia Grega em quatro períodos:

a) Período pré-socrático – do século VII ao século V a.C. Caracterizado pela investigação acerca da physis e pelo início de uma forma de argumentar e expor as ideias;

b) Período socrático – do final do século V ao século IV a.C. Caracterizado pela investigação centrada no homem, sua atividade política, suas técnicas, sua ética. Também considerado o apogeu da filosofia grega;

c) Período pós-socrático – do século IV ao século III a.C. Caracterizado pela tentativa de apresentar um pensamento unificado a partir de diversas teorias do passado. Interessava em fazer a distinção entre aquilo que poderia ser objeto do pensamento filosófico.

d) Período helenístico ou greco-romano – do século III a.C. ao século VI d.C. Engloba o período do Império Romano e dos Padres da Igreja. Trata-se das relações entre o homem, a natureza e Deus.

Poesia grega

Os poetas gregos, como Homero, desempenhavam papel bastante importante na educação dos jovens gregos. Os poemas homéricos continham características que serviriam de base para o desenvolvimento da filosofia. A principal delas é a busca pelas causas dos acontecimentos narrados, procurando uma narrativa que contemplasse a realidade da forma mais completa possível.

Outro poeta grego, Hesíodo, tem grande importância para o pensamento grego por ter narrado o nascimento dos deuses, uma forma de tentar explicar a origem do universo, tema que apareceria no primeiro filósofo, Tales de Mileto. A Teogonia de Hesíodo faz coincidir os deuses com fenômenos da natureza e partes do universo, que teria sido originado a partir de Caos, o primeiro deus a se gerar.

Além disso, temos dois temas que aparecem nos poetas que marcarão o início da filosofia grega: a noção de justiça como valor supremo e o conceito de limite, que Aristóteles desenvolveria como a noção de “justa medida”.

Religião

Havia duas expressões da religião grega: a religião pública, aquela que conhecemos pelos poemas de Homero e a religião dos mistérios, praticada em círculos restritos por aqueles que não consideravam suficiente a religião pública.

Dentre os “mistérios”, aquele que mais importa para o nascimento da filosofia grega é o Orfismo, nome derivado de seu fundador, o poeta trácio Orfeu. O Orfismo inaugura uma concepção da existência humana distante do naturalismo: enquanto a religião pública considerava o homem mortal, o Orfismo opõe corpo e alma, sendo que o corpo seria mortal, mas não a alma. Do Orfismo são tributárias as filosofias de Pitágoras, Heráclito, Empédocles e Platão.

Outro aspecto importante da religião grega era a inexistência de um livro sagrado. As crenças eram difundidas pelos poetas, mas com uma visão não dogmática e sem uma autoridade que teria o direito de proteger os dogmas. Com isso, os filósofos gregos não enfrentaram resistência religiosa à sua liberdade de pensamento.

Condições sociopolíticas

Antes de existirem as polis, a sociedade grega se agrupava em comunidades compostas por pessoas com um antepassado em comum, comunidades chamadas de genos. O poder de decisão era concentrado na figura do mais velho do grupo, o pater. Com o aumento do número de pessoas em relação à quantidade de terras produtivas, iniciaram-se conflitos e, depois de um extenso desenrolar histórico, surgiu a noção de propriedade privada: para resolverem os conflitos no interior dos genos, decidiu-se dividir as terras. Essa decisão, no entanto, foi baseada no critério mais forte para eles, o grau de parentesco. Assim, a proximidade sanguínea com o patriarca determinou tanto aqueles que se tornaram grandes proprietários, tanto aqueles que ficaram sem terras e se tornaram escravos ou artesãos.

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