ANIMA MEA
E como a vida é bela e doce e amável!
Não presta o espinhal a sombra ao leito
Do pastor do rebanho vagaroso,
Melhor que as sedas do lençol noturno
Onde o pávido rei dormir não pode?
SHAKESPEARE, Henrique VI, 3ª p.
Quando nas sestas1 do verão saudoso
A sombra cai nos laranjais do vale,
Onde o vento adormece e se perfuma...
E os raios d’oiro, cintilando vivos,
Como chuva encantada se gotejam
Nas folhas do arvoredo recendente,
Parece que de afã2 dorme a natura
E as aves silenciosas se mergulham
1 ses·ta |é|
(latim [hora] sexta, sexta hora) substantivo feminino
1. Sono de curta duração que se dorme geralmente depois do almoço.
2. Tempo durante o qual os trabalhadores interrompem o trabalho ao almoço.
3. Hora de descanso.
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em: . Acesso em: 13 de julho de 2017.
2 Afã: (origem controversa) substantivo masculino
1. Pressa e ânsia. = SOFREGUIDÃO
2. Grande atividade ou trabalho intenso. = AZÁFAMA
3. [Figurado] Grande desejo. = ÂNSIA, APETÊNCIA
4. Sentimento de preocupação. = ANSIEDADE
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa Disponível em: . Acesso em: 04 de agosto de 2107.
No grato asilo da cheirosa sombra.
[...]
AZEVEDO, Álvares de. Lira dos Vinte Anos. Disponível em: p. 25>. Acesso em13 de julho de 2017.(P1017Q5SP_SUP)
(P1017Q6SP) O trecho do poema “Anima mea” (do latim: “Minha alma”), de Álvares de Azevedo, revela
uma visão sentimental do eu lírico valorizando o ambiente sombrio em que interage com a natureza.
a felicidade de estar próximo à natureza e poder viver toda a exuberância do cenário criado pelo poeta.
um desejo íntimo do eu lírico de aproximar-se das árvores que brilham com as gotas da chuva.
a tristeza de adormecer com a natureza que em silêncio se despede de um dia de sol.
uma manifestação do eu lírico quanto à beleza vibrante da vida em um ambiente natural.
Soluções para a tarefa
Resposta:Resposta: Sim o autor utilizou frases e orações curtas nos períodos, com que intencionalidade.
Homem simples, de hábitos simples. Chegava sempre às cinco do escritório, tomava café com leite com
biscoito de maizena. Terminava de fazer a palavra-cruzada começada no café da manhã.
Homem simples. Fazia contabilidade de uma empresa de informática no centro da cidade. Simples e
discreto e de fala alguma, os outros funcionários mal sabiam seu nome e ele tão pouco sabia o nome do
funcionário que trabalhava na baia ao lado. Comia em sua mesa mesmo, arrastava os papéis, calculadora e
monitor de computador e fazia da mesa de trabalho uma confortável mesa, depois de comer tirava um
cochilo sentado mesmo e despertava.
Faltavam poucos dias para se aposentar. Teria o dia todo para ler seu jornal e fazer suas cruzadas. Daria
umas voltas de ônibus ou metrô para olhar o centro velho da cidade antiga, o casario do século XIX. Teria
mais tempo para o cochilo depois do almoço. E nunca mais faria contabilidade de nada e muito menos
olharia para uma tela de computador. Odiava essas duas coisas.
Explicação: