História, perguntado por brudarosa2004, 7 meses atrás

Andei longes terras,

Lidei cruas guerras,

Vaguei pelas serras

Dos vis Aimorés;

Vi lutas de bravos,

Vi fortes — escravos!

De estranhos ignavos

Calcados aos pés.E os campos talados,

E os arcos quebrados,

E os piagas coitados

Sem seus maracás;

E os meigos cantores,

Servindo a senhores,

Que vinham traidores,

Com mostras de paz.

Aos golpes do imigo

Meu último amigo,

Sem lar, sem abrigo

Caiu junto a mi!

Com plácido rosto,

Sereno e composto,

O acerbo desgosto

Comigo sofri.

Meu pai a meu lado

Já cego e quebrado,

De penas ralado,

Firmava-se em mi:

Nós ambos, mesquinhos,

Por ínvios caminhos,

Cobertos d’espinhos

Chegamos aqui!

O velho no entanto

Sofrendo já tanto

De fome e quebranto,

Só queria morrer!

Não mais me contenho,

Nas matas me embrenho,

Das frechas que tenho

Me quero valer.

Então, forasteiro,

Caí prisioneiro

De um troço guerreiro

Com que me encontrei:

O cru dessossego

Do pai fraco e cego,

Enquanto não chego,
Qual seja — dizei!

Eu era o seu guia

Na noite sombria,

A só alegria

Que Deus lhe deixou:

Em mim se apoiava,

Em mim se firmava,

Em mim descansava,

Que filho lhe sou.

Ao velho coitado

De penas ralado,

Já cego e quebrado,

Que resta? - Morrer.

Enquanto descreve

O giro tão breve

Da vida que teve,

Deixa-me viver!

Não vil, não ignavo,

Mas forte, mas bravo,

Serei vosso escravo:

Aqui virei ter.

Guerreiros, não coro

Do pranto que choro;

Se a vida deploro,

Também sei morrer.

1. O título “I Juca Pirama” significa, na língua tupi, “aquele que vai ser morto”. O poema

narra a história de um indígena tupi capturado pelos timbiras. Antes de ser morto

pelo inimigo, conforme manda o ritual, ele deve contar seus feitos de guerra. Como o

indígena se descreve antes de se tornar prisioneiro dos timbiras?​

Soluções para a tarefa

Respondido por jose1234567890arthur
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como de sátiro orei porque nique com los to ele amor

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