Analíse porquê Cecília Meireles tem preferencia por temas pessoais
Soluções para a tarefa
Respondido por
2
1. INTRODUÇÃO
A segunda geração Modernista é mais contida e construtivista, pois já não precisavam mais romper com um modelo estético por meio da linguagem. Dessa forma, a linguagem dessa segunda fase do Modernismo é mais politizada e tem mais um tom engajado e ideológico do que na primeira fase.
O contexto econômico, político e social da década de 30 eram muito diferentes da década anterior,devido à quebra da bolsa de 29 e do autoritarismo do governo de Vargas. Esses fatores fizeram com que a poesia e prosa do Modernismo da segunda geração focalizassem a temática social. Inquietação religiosa e filosófica.
Entretanto, Cecília Meireles é da vertente intimista da poesia modernista, sendo assim, sua obra possui um tom muito introspectivo. Os temas de sua preferência são: aefemeridade das coisas e do tempo, a solidão e perda, a precariedade da existência humana e melancolia. De acordo com essas especificidades da poetisa, podemos encaixar sua poesia mais especificamente no lirismo Modernista.
O intimismo em Cecília Meireles e os temas abordados em seus poemas são algumas características que fazem com que sua obra não pertença somente ao Modernismo, e seja atemporal.Vejamos essa atemporalidade temática da poetisa nas análises adiante.
2. ANÁLISES
2.1 RETRATO
No poema “Retrato”, podemos perceber essa atemporalidade temática da poetiza. O tom bem intimista do eu lírico ao se descrever diante do espelho e notar que ela não é mais tão jovem, bonito, e feliz como antes. Essa mudança ocorrida com o eu lírico ocorre não só fisicamente, mas também interiormentedevido ao uso das palavras “triste”, “calmo”, “vazio” e “amargo”. O tema tratado em “Retrato” é sobre a transitoriedade da vida e do tempo, pois o que ela encontra “hoje” no espelho, não é mais a mesma pessoa de outrora, como podemos perceber no primeiro verso: “Eu não tinha este rosto de hoje”. Outro traço muito característico de Cecília Meireles é a melancolia, leveza e serenidade com a qual eladiscorre os temas em sua obra, notamos esses traços no uso das palavras: “parada”, “frias” e “mortas”, no segundo verso da segunda estrofe.
2.2 MOTIVO
Outro poema de Cecília Meireles é subjetivo e que demonstra novamente a preferência pela temática da efemeridade da vida e das coisas é “Motivo”. Já na primeira estrofe percebemos que o poema é subjetivo, pois é todo escrito na primeira pessoado singular: “Não sou alegre nem sou triste:/sou poeta”. Ainda no primeiro verso, percebemos a valorização do tempo presente, talvez, isso seja devido à consciência muito forte que Cecília Meireles tem de que o tempo é transitório: “Eu canto porque o instante existe”. No segundo verso da primeira estrofe, podemos perceber o subjetivismo da poetisa ao falar seu estado emocional: “não sou alegrenem triste”. Na segunda estrofe, percebemos novamente um dos temas mais recorrentes da poesia Ceciliana, a transitoriedade do tempo e da vida: “Irmão das coisas fugidias”/ “Atravesso noites e dias no vento”. Na terceira estrofe, percebemos também o intimismo do eu lírico ao demonstrar a incerteza do que sente. “Se desmorono ou edifico,/se permaneço ou me desfaço/ Se desmorono ou edifico,/- nãosei, não sei. Não sei se fico, ou se passo”.
A segunda geração Modernista é mais contida e construtivista, pois já não precisavam mais romper com um modelo estético por meio da linguagem. Dessa forma, a linguagem dessa segunda fase do Modernismo é mais politizada e tem mais um tom engajado e ideológico do que na primeira fase.
O contexto econômico, político e social da década de 30 eram muito diferentes da década anterior,devido à quebra da bolsa de 29 e do autoritarismo do governo de Vargas. Esses fatores fizeram com que a poesia e prosa do Modernismo da segunda geração focalizassem a temática social. Inquietação religiosa e filosófica.
Entretanto, Cecília Meireles é da vertente intimista da poesia modernista, sendo assim, sua obra possui um tom muito introspectivo. Os temas de sua preferência são: aefemeridade das coisas e do tempo, a solidão e perda, a precariedade da existência humana e melancolia. De acordo com essas especificidades da poetisa, podemos encaixar sua poesia mais especificamente no lirismo Modernista.
O intimismo em Cecília Meireles e os temas abordados em seus poemas são algumas características que fazem com que sua obra não pertença somente ao Modernismo, e seja atemporal.Vejamos essa atemporalidade temática da poetisa nas análises adiante.
2. ANÁLISES
2.1 RETRATO
No poema “Retrato”, podemos perceber essa atemporalidade temática da poetiza. O tom bem intimista do eu lírico ao se descrever diante do espelho e notar que ela não é mais tão jovem, bonito, e feliz como antes. Essa mudança ocorrida com o eu lírico ocorre não só fisicamente, mas também interiormentedevido ao uso das palavras “triste”, “calmo”, “vazio” e “amargo”. O tema tratado em “Retrato” é sobre a transitoriedade da vida e do tempo, pois o que ela encontra “hoje” no espelho, não é mais a mesma pessoa de outrora, como podemos perceber no primeiro verso: “Eu não tinha este rosto de hoje”. Outro traço muito característico de Cecília Meireles é a melancolia, leveza e serenidade com a qual eladiscorre os temas em sua obra, notamos esses traços no uso das palavras: “parada”, “frias” e “mortas”, no segundo verso da segunda estrofe.
2.2 MOTIVO
Outro poema de Cecília Meireles é subjetivo e que demonstra novamente a preferência pela temática da efemeridade da vida e das coisas é “Motivo”. Já na primeira estrofe percebemos que o poema é subjetivo, pois é todo escrito na primeira pessoado singular: “Não sou alegre nem sou triste:/sou poeta”. Ainda no primeiro verso, percebemos a valorização do tempo presente, talvez, isso seja devido à consciência muito forte que Cecília Meireles tem de que o tempo é transitório: “Eu canto porque o instante existe”. No segundo verso da primeira estrofe, podemos perceber o subjetivismo da poetisa ao falar seu estado emocional: “não sou alegrenem triste”. Na segunda estrofe, percebemos novamente um dos temas mais recorrentes da poesia Ceciliana, a transitoriedade do tempo e da vida: “Irmão das coisas fugidias”/ “Atravesso noites e dias no vento”. Na terceira estrofe, percebemos também o intimismo do eu lírico ao demonstrar a incerteza do que sente. “Se desmorono ou edifico,/se permaneço ou me desfaço/ Se desmorono ou edifico,/- nãosei, não sei. Não sei se fico, ou se passo”.
Perguntas interessantes