História, perguntado por marciojuliani1238, 11 meses atrás

Analise os excertos documentais abaixo: “Para trazer bem domados e disciplinados os escravos é necessário que o senhor lhes não falte com o castigo, quando eles (...) fazem por onde o merecem (...). Logo merecendo o escravo o castigo, não deve deixar de lho dar o senhor; porque não só não é crueldade castigar os servos, quando merecem por seus delitos ser castigados, mas antes é uma das sete obras de misericórdia, que manda castigar aos que erram” (BENCI, 1977, pp. 125 – 141). BENCI, Jorge. Economia cristã dos senhores no governo dos escravos. São Paulo: Grijalbo, 1977. pp. 125-141. “Uns chegam ao Brasil muito rudes e muito fechados e assim continuam por toda a vida. Outros, em poucos anos saem ladinos e espertos, assim para aprenderem a doutrina cristã, como para buscarem modo de passar a vida (...). Os que nasceram no Brasil, ou se criaram desde pequenos em casa dos brancos, afeiçoando-se a seus senhores, dão boa conta de si; e levando bom cativeiro, qualquer deles vale por quatro boçais”. (ANTONIL, 1997, p. 89). ANTONIL, Andre João. Cultura e opulência do Brasil. São Paulo: Edusp, 1977. p. 89. Os trechos documentais em questão foram escritos por homens da Igreja Católica durante os séculos XVII e XVIII e referenciam aspectos da escravidão na América Portuguesa. Baseado nas reflexões deste período; analise as afirmações em destaque: I – De acordo com o primeiro excerto documental os escravos precisavam ser castigados para manter a disciplina e quando infringissem alguma regra de seu senhor. II – Na análise realizada por Antonil o escravo oriundo da África era mais grosseiro e intratável. Já o escravo que nascesse nos trópicos eram mais fácil de lidar, podendo se afeiçoar aos seus donos. III – Nos dias atuais, chama a atenção que a crueldade dos castigos aplicados aos escravos era tratada como um “fator natural”, como exposto por Jorge Benci. IV – Durante a mineração o índice de fugas promovidas pelos escravos cresceu significativamente. Diante disso, houve uma proposta para que se cortasse o tendão de Aquiles dos escravos para coibir as tentativas de fugas. É correto o que se lê em: Alternativas Alternativa 1: I e II apenas. Alternativa 2: I, II e III apenas. Alternativa 3: I, III e IV apenas. Alternativa 4: II, III e IV apenas. Alternativa 5: I, II, III e IV. Questão 5 de 10

Soluções para a tarefa

Respondido por EduardoPLopes
14

I é verdadeira de acordo com os documentos, o que serve para ilustrar o quão desumanizadas as pessoas escravizadas eram, sendo tratadas como se fossem animais.

II é parcialmente verdadeira, pois ele afirma que "alguns" dos que vinham diretamente da África eram mais grosseiros, enquanto que os nascidos aqui eram mais amigáveis.

III é verdadeira, o que ilustra toda a terrível situação e os verdadeiros crimes que se cometeram contra estas pessoas.

IV é falsa, pois durante a mineração as fugas se tornaram mais fáceis, de modo que aumentaram - razão pela qual se evitou utilizar escravos para a mineração.

É correta a alternativa 2.

Respondido por darciofilho68
5

Acredito que o correto é a alternativa 2


magnogbapdvw6v: Entendo que a alternativa IV é verdadeira, pois na página 215 lemos o seguinte trecho: "Em 1718, as fugas já eram uma grande preocupação para o Governador das Minas, Conde de Assumar. O representante do Rei lusitano propôs que se cortassem o tendão de Aquiles dos escravos para coibir as tentativas de fuga." Ou seja, as fugas estavam se tornando crescentes e uma das propostas para coibir isso foi exatamente cortar o tendão de aquiles dos escravos mineradores.
magnogbapdvw6v: Sendo a afirmativa II uma meia verdade, confirma-se que a alternativa correta é a 3ª (I,III e IV).
fabiobertuol: concordo, I, III e IV
realtonerpr: Quando o auto diz "alguns", ele pode estar querendo dizer que nem todos eram rudes e fechados, podendo assim haver alguns mais amigáveis, não que apenas os que nasciam aqui eram mais sociáveis, em minha interpretação a alternativa 2 também é correta, sendo assim todas as alternativas são corretas: I II III e IV.
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