Análise a música Minha Alma ( A Paz Que Eu Não Quero ) - O Rappa
1. Que tipo de paz existente que é denunciado pela música?
2. Poderia se dizer que uma sociedade em que não haja crimes seja uma sociedade pacifica, tomando a
música exibida como base para pensar?
3. Quem está preso? Quem está por dentro ou por fora da grade/muro?
4. A construção de muros e grades cidade afora é uma expressão da busca pela paz e pelo sossego, dentro dos enclaves fortificados. Que tipo de paz se busca com grades e muros?
5. Existe alguma alternativa para que se reverte a situação de busca pela paz via exclusão?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A letra abre com o sujeito poético declarando a sua força, mostrando que está pronto para combater a apatia instaurada ("o sossego"). Recorrendo a uma imagem que simboliza a violência do cotidiano, existe um jogo de palavras entre "alma" e "arma".
Aqui, a mensagem de agressão é subvertida: em vez de segurar um revólver, a arma que o sujeito tem para combater é a própria essência, sua identidade. O alvo é o "sossego", o silêncio que é socialmente aceitável e encorajado, a norma que cala todos que sofrem e são discriminados.
É essa "paz sem voz" que está sendo denunciada, porque não se trata de uma paz verdadeira mas de um sintoma do medo e da repressão. Os cidadãos que sofrem preconceito não são escutados e a sociedade age como se não tivessem o direito de falar, de reclamar, de usar a sua voz.
Refletindo sobre a sua postura, o sujeito declara que por vezes "fala com vida", ou seja, pensa, toma decisões, percebe sozinho o que está ao seu redor.
Outras vezes, é a vida que ensina, as coisas acontecem e abrem os seus olhos. A própria realidade o desperta, fazendo com que perceba que não pode tolerar mais esse silenciamento, tem que lutar por si mesmo para alcançar a felicidade.
Decide, assim, não "conservar" essa falsa paz, demarcando a sua postura de denúncia, contra a resignação.
Explicação:
As questões sociais abordadas na música, sublinhando as desigualdades que separam a população. As classes mais altas usam grades nos seus condomínios de luxo para se manterem seguras.
Temem a violência das classes mais desfavorecidas, vistas como inimigas, encaradas como ameaças. Por medo, acabam presos do lado de dentro, sublinhando e multiplicando as divisões e os contrastes.É em nome da verdadeira paz, pela busca de uma harmonia genuína entre os seres, que não não pode mais "seguir admitindo". Precisa reagir, quebrar o silêncio, contar sua história. Assim, passa a ação: decide reclamar, fazer militância, lutar pelos seus direitos.Podemos também interpretar o verso como uma crítica à hipocrisia da sociedade que condena o uso de algumas substâncias, ao mesmo tempo que promove o consumo de outras.
No caso, o que está sendo apontado é o poder nocivo da manipulação das notícias, a proliferação de informações falsas nos canais de televisão. Esse "vídeo coagido", essa lavagem cerebral, alimenta a ignorância e a preguiça de procurar a verdade. A alienação, como uma droga, parece provocar dependência