analisar os processo de independência na America latina destacando as disputas de poder e os diversos projetos de constituição dos novos estados e nações que estavam em jogo no século XIX
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Resposta:
Consolidação dos Estados nacionais hispano-americanos no século XIX foi um processo árduo e violento. A vitória militar sobre os espanhóis na década de 1820 não havia resolvido o problema da delimitação clara dos novos territórios independentes, nem da legitimidade das novas formas de governo. Por várias décadas, a historiografia nacionalista dos diversos países do continente tendeu a minimizar esses problemas ao sugerir que a identificação das nacionalidades já era sólida no final do período colonial. Assim, procurou forjar uma visão do processo de independência que apresentava aquele evento como um conjunto de lutas de libertação nacional, em que nações com identidade em avançada etapa de amadurecimento teriam completado sua formação na luta pela liberdade. Como exemplo, podemos citar o historiador argentino Ricardo Rojas, que em seu livro Blasón de plata (1910), escreveu que 'índios, negros, cholos, gaúchos e mulatos, todos marcharam com o criollo burguês contra a oligarquia exótica – fundidos em multidão, fundidos em exército, fundidos em povo, fundidos em nação, pelo fogo sagrado do indianismo'. Uma das percepções fundamentais da revisão historiográfica do período feita nas últimas décadas é a de que a própria ideia de 'nação' era um dos elementos em construção durante o próprio processo de fabricação do ideário autonomista. No entanto, a Nação como forma prioritária de identidade teve que competir longamente com outras formas de pertencimento fortemente presentes durante todo o século. As concepções de identidade envolvidas no processo eram muito mais diversas do que sugere a unanimidade apresentada pela passagem de Rojas
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