Ana é uma enfermeira muito experiente que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde, uma UBS, há 8 anos. Em um dia comum de trabalho, a enfermeira Ana recebeu uma paciente advinda de uma assistente social que realizava trabalho voluntário com pessoas que vivem em situação de rua. A paciente se chamava Bruna, tinha 23 anos e estava com medo de estar grávida, pois estava com a menstruação atrasada havia 3 meses e as mamas estavam doloridas e sensíveis. Bruna fez o teste rápido de gravidez. Constatando a gestação, a paciente rejeitou a gravidez. Ana a convenceu a dar início ao pré-natal. Durante a conversa entre a paciente e a enfermeira, Bruna contou que é usuária de crack, droga que usa quase todos os dias, é moradora de rua, tem HIV positivo há 2 anos e não faz uso dos medicamentos antirretrovirais e tem múltiplos parceiros sexuais; então, desconhece a paternidade do feto. Quanto aos antecedentes obstétricos de Bruna, ela já teve 4 gestações, sendo 3 partos normais e 1 aborto. Disse que os 3 filhos são de pais diferentes e que moram com a avó materna. Ela não mantém contato com as crianças nem com os demais familiares. Ana seguiu todas as orientações, fez os testes rápidos para detecção das doenças sexualmente transmissíveis, que deram negativo para demais doenças. Recebeu as guias para a realização de exames laboratoriais e ultrassonografia obstétrica e já deixou agendada consulta com a médica da UBS para o dia seguinte e consulta no Serviço de Assistência Especializada, SAE, da sua cidade. Porém, Bruna desmarcou as consultas duas vezes e falou para a assistente social que não iria à consulta.
Assim, considerando as Diretrizes e os objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, bem como os riscos sociais elevados da paciente e a integração com outras Políticas Sociais, como esta enfermeira poderia aplicá-los em seu dia a dia para contribuir com a assistência em saúde da mulher e do bebê?
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No caso exposto, o mais coerente a se fazer é encaminhar e acompanhar a paciente até o serviço social, para que a mesma seja devidamente cadastrada a um serviço de apoio psicologico e social para pessoas em situação de vulnerabilidade.
Fazendo isso, buscar um equipe interdisciplinar que possa acompanha-la em suas necessidades, dentre elas uma casa de apoio e recuperação para que inicialmente a paciente receba o tratamento para deixar o uso de entorpecentes e daí dar o suporte gestacional com consultas, exames, tratamentos e seções de terapia para que a mesma esteja segura e ciente da importância do acompanhamento durante a gestação.
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