Amor romântico para Hegel?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A ironia em Schlegel é um instrumento a serviço da pura produtividade das formas, da indeterminação. Ela tem um sentido cósmico, sim, no sentido de que tudo é revestido de um caráter dionisíaco, excessivo, em constante poiesis. Assim deveria ser a poética romântica - sobretudo quando consideramos que ele pretendeu realizar uma poetização, romantização do real (anos mais tarde, Marcuse dirá que esse tipo de idealismo só prospera onde as condições de transformação do real não estão historicamente colocadas. Bem...). A realização da razão não é seu objetivo, mas a pura produtividade - e é nesse sentido que eu os aproximo de certos discursos pós-estruturalistas (Derrida, por exemplo). É claro que há aqui negatividade, mas ela não está submetida à razão, ao absoluto que há de se realizar algum dia. Ela diverte-se no excesso e, nesse sentido, antecipa um certo discurso nietzscheano: o homem é sempre uma ponte etc. etc. O Espírito absoluto para Hegel há de se realizar no mundo e a negatividade é apenas um caminho, mas não um destino - como o é nos românticos de Jena.
Explicação:
compreensão da crítica hegeliana ao romantismo passa por sua crítica ao platonismo.
Hegel critica a nulidade e o esvaziamento de todo conteúdo objetivo e finalidade exterior (moral, direito, religião, verdade) resultantes de uma concepção demasiadamente abstrata e concentrada nas potencialidades do "eu".