Amor é um fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
CAMÕES, Luís Vaz de. Rimas. Coimbra: Atlântida, 1973. p. 119.
No soneto de Camões, em nenhum momento aparece o eu lírico, ou melhor, o sujeito não se apresenta confessando seu amor e seu sofrimento. Em vez disso, o poema procura compreender e definir o amor.
a) O soneto encadeia onze definições do amor, todas paradoxais (contraditórias em si mesmas). Escolham três que, para você, são os mais expressivos do soneto e copiem-nos e justifique sua escolha.
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Resposta:
Amor é um fogo que arde sem se ver;
é dor que desatina sem doer
È querer estra preso por vontade
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