Amor é fogo que arde sem se ver
Luis Vaz de Camões (1524 – 1580)
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
b) Nas três primeiras estrofes do poema, o eu lírico procura também definir o amor. As
definições apresentadas no poema podem ser associadas a que acepções encontradas no
dicionário?
c) No que diz respeito à linguagem utilizada, em que diferem as definições encontradas no
dicionário e as encontradas no poema?
d) A partir do poema, a que conclusão podemos chegar a respeito da natureza do
sentimento que se procura definir?
e) Explique a diferença semântica construída pela seguinte modificação feita na primeira
estrofe do poema:
Amor é como fogo que arde sem se ver,
é tal qual ferida que dói, e não se sente;
é parecido com um contentamento descontente,
é como dor que desatina sem doer.
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