“Amo-te” x “te amo"
Inscrita num banco de um parque público na cidade de Aveiro (Portugal), encontramos a frase “Amo-te, Vanessa”.
Sob o olhar de um brasileiro, essa construção linguística “amo-te" só é possível nos sonhos dos gramáticos normativos (daqueles que adoravam as regras). Por duas razões: já está provado que na variedade brasileira opta-se pelo pronome antes do verbo; depois, o sentimento por detrás da expressão dificulta a sua utilização em situações formais de uso da língua [•••]
A partir desse texto, é correto afirmar que:
a)Se um brasileiro lesse a frase no banco do parque público de Aveiro, concluiria que ele havia sido escrita por um gramático.
b) Tanto em Portugal como no Brasil a construção “Amo-te" só ocorre em situações formais de uso da língua.
c)Em Portugal, as declarações de amor são formais, mais cerimoniosas que no Brasil, por isso os falantes de lá empregam “Amo-te" em lugar de “te amo".
d) Tanto no Brasil como em Portugal o que leva o falante a escolher as expressões “Amo-te" e “te amo" é a formalidade ou a informalidade da situação de comunicação.
e)Em Portugal, mesmo em situações informais de comunicação, os falantes empregam a ênclise; no Brasil, os falantes preferem a próclise.
Soluções para a tarefa
Resposta:
Letra e
Explicação:
Ênclise: utilização do pronome depois do verbo
Próclise: utilização do pronome antes do verbo
A própria questão da a resposta no inicio.
<3
A partir desse texto, é correto afirmar que:
e) Em Portugal, mesmo em situações informais de comunicação, os falantes empregam a ênclise; no Brasil, os falantes preferem a próclise.
> O fato de a frase "Amo-te, Vanessa" estar escrita em um barco na cidade de Portugal indica que lá os falantes empregam a ênclise (pronome oblíquo depois do verbo) até em situações informais, como declarações para a pessoa amada.
Já no Brasil, apenas em situações formais se exige o emprego da ênclise. Nas situações informais, predomina a próclise (pronome oblíquo antes do verbo). Provavelmente, um brasileiro escreveria "Te amo, Vanessa".