Português, perguntado por Mathiasvasconcelos20, 3 meses atrás

amizade digitais justifique o título​

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Respondido por franciscasoares19mor
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Resposta:

Leia o texto pq eu li e achei a resposta nele...!

Explicação:

Amizades digitais

"Já estou indo aí, estou terminando de jogar Xbox com um amigo", meu filho gritou do quarto. "Quem é seu amigo?", eu quis saber. "Um cara chamado Scuzzball", foi a resposta. "Ah, e qual o nome verdadeiro dele?", prossegui. "Não tenho a mínima ideia", respondeu, já meio incomodado.

"Mas de onde ele é?", insisti. "Algum lugar do Canadá, acho... não, pera, acho que é na França. Não sei mesmo. Bom, não faz diferença, porque Scuzzball acabou de sair do jogo e foi substituído por um bot". "Puxa, que pena. Seu amigo foi substituído por IA?", tentei ser solidário. "Não faz mal, pai, isso aí rola o tempo todo! O jogo continua".

A indiferença do meu filho em relação à disputa com uma pessoa ou um bot, na verdade, é bem típica dos jogadores de videogame de hoje em dia. Eles se referem uns aos outros como "amigos", mas, para mim, os laços que os unem são bem tênues. Não vejo, de forma alguma, como o tal de Scuzzball e meu filho podem ser amigos de verdade e isso me preocupa. Fico imaginando se a experiência pré-internet da amizade cara a cara, que eu conheci, vai se perder para nossos filhos, a geração pós-internet. E não sou o único.

A amizade é uma parte importante de nossa compreensão de uma "vida boa" e remonta ao início da história humana, mas, hoje, os jovens não sabem que não têm amigos de verdade.

Por volta de 2005, as pessoas diziam que o número médio de grandes amizades caíra de três para duas, ao fim de um estudo de 2006, quase 25% dos pesquisados disseram não ter alguém em quem pudessem confiar de verdade. Análises mais recentes sugerem que a tendência de isolamento continua, enquanto a intimidade entre os adolescentes é substituída pela eficiência.

A perda dessa proximidade, entretanto, não parece ser problema para os jovens que cresceram on-line, eles afirmam se sentir socialmente apoiados por grandes redes de "amigos" que raramente ou nunca veem cara a cara. Receber "curtidas" e outras formas de validação digital de grandes públicos só faz reforçar seu constante autocompartilhamento.

Mas será que esses jovens sabem o que estão perdendo? E será que isso importa?

O isolamento social certamente cresceu no Japão, onde meio milhão de jovens vivem como "hikikomon", ou reclusos que não saem de casa. E a solidão no Reino Unido aumentou a ponto de o governo criar um ministério para lidar com a questão. Segundo uma nova pesquisa, 86% dos norte-americanos e britânicos acham que o "uso exacerbado da tecnologia" está contribuindo para esse retraimento.

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