ENEM, perguntado por juliochueco262, 7 meses atrás

Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dizê que não mêxa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.
PATATIVA DO ASSARÉ. Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 1992 (fragmento).
O registro de palavras do texto demarca a identidade do povo sertanejo. Nesse contexto,
as variações linguísticas utilizadas são frutos de fatores sociais que podem desencadear
preconceito, como é evidenciado nos versos:
A "Já eu sou bem deferente,/ Meu verso é como a simente / Que nasce inriba do chão".
B "Amigo, não tenha quêxa,/ Veja que eu tenho razão/ Em lhe dizê que não mêxa / Nas coisa
do meu sertão".
C "Não tenho estudo nem arte,/ A minha rima faz parte/ Das obra da criação".
D "Por favô, não mêxa aqui,/ Que eu também não mêxo aí,/ Cante lá que eu canto cá ".

#ProvaENCCEJA2018

Soluções para a tarefa

Respondido por Matheusieti
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A alternativa C é a que retrata diretamente o preconceito pela fala do personagem justamente por ser sertanejo.

A manifestações culturais se apresentam da forma como entendemos e interpretamos os signos, costumes, linguagens e valores o que está diretamente ligada as relações culturais e sociais do lugar onde vivemos, estando também presentes no contexto informal de linguagem.

É a partir dos signos culturais que estabelecemos um padrão que abranja as categorias da linguagem verbal e não verbal, todas influentes no processo de relação do ser humano, sendo nosso reflexo, influenciando em costumes e valores como um todo.

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